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Oito águias-pesqueiras vão ser libertadas no fim-de-semana no Alentejo

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Oito águias-pesqueiras vão ser libertadas no fim-de-semana no Alentejo
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Oito águias-pesqueiras, que vieram da Finlândia e Suécia há um mês, serão libertadas neste fim-de-semana no Alentejo, no âmbito do projecto de reintrodução desta espécie de ave de rapina em Portugal.

Há cerca de um mês, 11 águias-pesqueiras (Pandion haliaetus) – seis da Finlândia e cinco da Suécia – chegaram a uma propriedade perto de Reguengos de Monsaraz, junto à albufeira de Alqueva. Os animais vieram ao abrigo de um projecto de reintrodução desta ave de rapina que começou no ano passado e que pretende criar um núcleo reprodutor no Alentejo.
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Esta águia extinguiu-se enquanto espécie nidificadora em Portugal em 1997, ano em que morreu a fêmea do único casal existente no país, na costa alentejana. Desde então, a ave pode ser avistada apenas durante as migrações.
Agora, oito das 11 águias estão preparadas para serem libertadas, disse Pedro Beja, biólogo do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (Cibio), organização privada ligada à Universidade do Porto, que tomou a iniciativa do projecto.
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“Está tudo a correr muito bem e os primeiros animais serão libertados na madrugada de domingo para segunda-feira”, acrescentou.
As águias têm entre oito e nove semanas de idade e estão “tranquilas”, disse Andreia Dias, coordenadora operacional do projecto. Na quarta-feira foi feita uma avaliação das aves para saber se estão prontas para a liberdade. “Ao longo deste mês temos feito um seguimento das aves por videovigilância e uma avaliação mais directa”, acrescentou. Os técnicos consideram que as oito aves estão preparadas para a libertação por causa da sua plumagem e músculos peitorais desenvolvidos e por alguns comportamentos. “Elas exercitam as asas, tentam os primeiros voos dentro da caixa e observam mais o exterior”, junto à rede virada para a albufeira de Alqueva. As restantes três águias terão de esperar um pouco mais, “talvez mais duas semanas”, acrescentou Andreia Dias.
Na noite de domingo para segunda-feira, “vamos remover, lentamente e em silêncio, os painéis frontais amovíveis das jaulas. Quando as aves despertarem de manhã, poderão sair se quiserem, ao seu ritmo. Não é uma libertação sincronizada”, explicou Andreia Dias.
Duas vezes por dia será colocado alimento em postes na albufeira até que as aves aprendam a pescar sozinhas, especialmente barbos e carpas. “Se for como no primeiro ano, as águias aparecem duas vezes por dia para se alimentarem. Depois, vão fazendo voos mais dispersivos e, entre um mês e um mês e meio mais tarde começam a migrar para África, para a região do Senegal, Gâmbia”, acrescentou.
Na quarta-feira, os técnicos levaram “toda a noite e madrugada a colocar emissores rádio [nas aves]” que têm um alcance de dez quilómetros. “Estaremos atentos à localização dos animais e faremos prospecções de barco ou de carro para tentar vê-las e intervir em caso de afogamento ou ameaça”.
A expectativa é a de que, ao chegarem à maturidade sexual, regressem a Portugal para nidificar no Alqueva, identificado como sendo a sua origem. No ano passado foram libertadas dez águias mas, pelo menos, três acabaram por morrer.
Durante os próximos anos, o projecto prevê a chegada de dez aves por ano. Se tudo correr bem, a águia-pesqueira poderá começar a progredir para a zona costeira, via zonas húmidas do Tejo e Sado.

Oito águias-pesqueiras vão ser libertadas no fim-de-semana no Alentejo - Ecosfera - PUBLICO.PT

Oito águias-pesqueiras já foram libertadas junto à albufeira de Alqueva
Na madrugada de segunda-feira foram libertadas, com sucesso, oito águias-pesqueiras junto à albufeira de Alqueva, dizem os responsáveis por este projecto de reintrodução no país de uma espécie que deixou de nidificar em Portugal há 15 anos.


Esta manhã, as águias “estão tranquilas, ainda aqui nas proximidades, pousadas em azinheiras e em postes de alimentação”, disse Andreia Dias, coordenadora operacional do projecto.

As aves, com oito e nove semanas de idade, chegaram há cerca de um mês a uma propriedade perto de Reguengos de Monsaraz, junto à albufeira de Alqueva, vindas da Finlândia e Suécia, onde a espécie é abundante. Os animais vieram ao abrigo de um projecto de reintrodução da águia-pesqueira (Pandion haliaetus) que começou no ano passado por iniciativa do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (Cibio), organização privada ligada à Universidade do Porto, e cujo objectivo é criar um núcleo reprodutor no Alentejo. Desde que, em 1997, morreu a fêmea do único casal existente no país, na costa alentejana, a ave só pode ser avistada em Portugal durante as migrações e no Inverno, especialmente em zonas húmidas, como o Paul do Boquilobo e estuários do Tejo e do Sado.

O processo de libertação começou ontem à noite. “Ao escurecer, rebatemos um pouquinho os painéis frontais amovíveis (das jaulas), para que a operação não fosse muito abrupta”, explicou Andreia Dinis. “Cerca das 5h30 retirámos os painéis. A primeira águia-pesqueira saiu às 5h45 e as outras foram saindo de forma gradual. A última deixou a jaula às 8h05”, acrescentou.

“Agora estão todas bem, estamos a observá-las aqui nas imediações. Ainda não se alimentaram mas algumas já estão em cima dos postes onde iremos colocar peixe duas vezes por dia.” A carpa será a presa mais comum das águias-pesqueiras mas não a única. Estes animais alimentam-se também de várias espécies de tainhas, robalo ou sargo, presas que podem pesar até 1,5 quilos.

Agora, a equipa de técnicos vai acompanhar as jovens aves para “actuar em caso de necessidade”, graças a aparelhos de radio-telemetria – que foram colocados nas águias a 1 de Agosto – e a visualizações directas com deslocações de carro ou barco.

Dentro das jaulas ainda estão três águias. “Continuamos a alimentá-las e a seguir o seu comportamento, para saber quando estarão prontas para voar”, acrescentou Andreia Dias.

Daqui a mês e meio, as aves deverão partir para as zonas de invernada em África, especialmente Senegal e Gâmbia. A expectativa é a de que, ao chegarem à maturidade sexual, dentro de dois a três anos, regressem a Portugal para nidificar no Alqueva, identificado como sendo a sua origem. No ano passado foram libertadas dez águias mas, pelo menos, três acabaram por morrer.

Durante os próximos anos, o projecto prevê a chegada de dez aves por ano. Se tudo correr bem, a águia-pesqueira poderá começar a progredir para a zona costeira, via zonas húmidas do Tejo e Sado.

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