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Euro 'barato' dá folga à periferia

florindo

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Moeda única já caiu 16% face ao dólar e 11% em relação às 20 maiores divisas mundiais. Exportações europeias ganham terreno.
É provavelmente a única boa notícia recente da crise da moeda única europeia.
A forte desvalorização do euro face ao dólar e às principais divisas mundiais nos últimos meses está a tornar as exportações da Zona Euro cada vez mais competitivas no exterior.
Abre-se uma ‘via’ de saída da recessão onde se encontra a maioria dos Estados-membros, sobretudo os da periferia.No último ano, o euro já perdeu 16% do valor face à moeda norte-americana e está hoje a cotar na casa de 1,22 dólares, um mínimo de dois anos.

Euro abaixo de 1,2 dólares?

Segundo os analistas contactados pelo SOL, a moeda europeia poderá continuar a cair nos próximos meses e descer mesmo abaixo de 1,2 dólares:
«Para isso é necessário um catalisador que despolete esse comportamento, como um resgate público a Espanha, o abandono da Grécia do euro ou a deterioração dos custos de financiamento de Itália», diz José Sarmento, analista da Fincor.
A paridade com o dólar, apesar de possível, é descartada pelos especialistas, no curto prazo.
Mas o dólar não é caso isolado.
Nos últimos 12 meses, o euro desvalorizou-se cerca de 11% em relação às moedas dos 20 maiores parceiros comerciais da Zona Euro, entre eles a China, Japão e Reino Unido, segundo dados do Banco Central Europeu.
Com os seus produtos 10 a 15% mais baratos, os países da Zona Euro vêem abrir-se uma oportunidade de potenciar as suas exportações, a única componente da economia que ainda cresce na maioria dos estados.

Diversificar é preciso

Porém, os efeitos deste ganho podem ser limitados no curto prazo.
A maioria do comércio externo dos Estados-membros é feita com os outros parceiros do euro: em Portugal, 75% das exportações destinam-se à Zona Euro, e na Alemanha mais de 40%.
«Os principais blocos mundiais (EUA, Japão e Europa) são menos sensíveis ao comércio externo do que aquilo que é o senso comum», lembra Diogo Serras Lopes.
«A_desvalorização do euro tem um efeito positivo nas economias europeias, mas tal não deve ser visto como uma tábua de salvação», acrescenta o director de investimentos do Banco Best.
Não sendo ‘a’ salvação, o euro barato é pelo menos uma ‘folga’ que se abre para os países da periferia do euro, como Portugal.
Com a diminuição das importações na maioria dos países, devido à recessão e queda do consumo, a subida das exportações, além do impacto no crescimento, permite também equilibrar as contas externas e reduzir o endividamento.

Fonte: SOL
 
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