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Associação diz que generalidade das farmácias está à beira da falência

florindo

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Out 11, 2006
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A generalidade das farmácias está insolvente ou à beira da falência e não cumpre os pagamentos aos fornecedores, alerta um documento enviado à agência Lusa pela Associação Nacional de Farmácias (ANF). «O sector está à beira do colapso», garante a ANF.
Perante esta realidade, as farmácias deverão apresentar, este ano e de um modo geral, prejuízos nos seus resultados, tanto operacionais como líquidos.
Contactado pela agência Lusa, o presidente da ANF, João Cordeiro, acusa o Ministério da Saúde de estar a levar o sector das farmácias para uma «situação de ruína».
«As farmácias têm estado a ser devastadas pelas medidas do Governo, reduzindo preços e margens dos medicamentos sem fazer contas», acrescentou João Cordeiro.
Nas contas da ANF, entre 2010 e este ano a rentabilidade das vendas nas farmácias baixou 100 por cento e a rentabilidade nas vendas caiu quase 200 por cento (197,8 por cento), enquanto a margem bruta caiu 26 por cento.
«Em virtude das reduções de preços dos medicamentos ocorridas nos últimos anos, o preço médio no mercado é já inferior ao preço médio que garante a viabilidade económica da farmácia», acrescenta a nota da associação, que representa 2.700 estabelecimentos.
«Neste momento estamos a caminhar a passos largos para uma solução tipo Grécia, em que as pessoas vão às farmácias e não têm medicamentos», acrescentou João Cordeiro, atribuindo essa realidade à falta de pagamento aos fornecedores.
A dívida aos fornecedores cresceu mais nos primeiros seis meses deste ano do que em todo o ano de 2011 e a farmácia média estão a funcionar desde 2010 com prejuízos, ainda de acordo com o balanço da ANF.
Ao todo, a dívida das farmácias aos grossistas ultrapassa 235 milhões de euros, indicam os mesmos cálculos.
João Cordeiro acusa o Ministério da Saúde de impor apenas cortes na despesa com medicamentos junto do sector privado, já que, «segundo dizem», a redução na despesa com fármacos nos hospitais e centros do Serviço Nacional de Saúde é de apenas 1,2 por cento.
No ano passado, a redução da despesa com medicamentos disponibilizados nas farmácias foi de 19,9 por cento, enquanto nas instituições públicas aumentou 1,2 por cento.
O presidente da ANF acusa o Ministério da Saúde de não reagir aos apelos das farmácias, dando a entender, diz João Cordeiro que só o faz «quando há conflito».
«É lamentável que seja assim, mas se nos estiverem a empurrar para um beco sem saída, é evidente que nós sairemos desse beco», garante, sem avançar pormenores.
A Lusa tentou obter uma reacção do gabinete do ministro da Saúde, mas não foi possível.


Fonte: Lusa/SOL
 
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