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Quando Francisco Louçã, em entrevista ao SOL, abriu um «tabu» sobre a sua eventual saída da liderança do Bloco, deu luz verde ao partido para discutir quem lhe sucederá a partir de Novembro, após o congresso do BE.
Caso se confirme, além da mudança na vida interna bloquista, a sua saída marcará outra etapa na história das lideranças partidárias em Portugal. Louçã é o dirigente partidário com maior longevidade.
A sua saída põe no ‘trono’ dos líderes ainda em actividade Paulo Portas, que leva já 12 anos à frente do CDS-PP, com dois de afastamento pelo meio. Louçã garante, mesmo assim, o segundo lugar na história, imediatamente a seguir a Álvaro Cunhal.
Está na primeira linha desde 1987, altura em que, com 27 anos, liderou as listas do PSR a Lisboa – nas legislativas que deram a primeira maioria absoluta a Cavaco Silva.
Em 1999 o desafio tornou-se maior, quando o economista se juntou a Miguel Portas e a Luís Fazenda e inscreveu o seu nomena fundação do Bloco de Esquerda.
Embora só em 2005 tenha sido oficialmente designado coordenador do BE, Louçã sempre foi a cara que mais notoriedade deu ao partido.
E que o impulsionou para imprevistas subidas eleitorais – até há um ano, na maior derrota eleitoral do partido.
Portas já passou Freitas e até Cavaco
Na lista dos dirigentes partidários, Mário Soares é terceiro, apenas com mais um ano à frente do seu PS do que Portas conta no CDS.
Paulo Portas surge nesta lista, aliás, como desafiador deuma aparente tendência da direita: mandatos curtos e instabilidade.
Eleito pela primeira vez líder dos centristas em 1998, manteve-se à frente do partido até 2005.
Só voltou em 2007, para ultrapassar os 11 anos de liderança de Freitas do Amaral, e até a melhor marca social-democrata que se mantém nas mãos de Cavaco Silva – dez anos ininterruptos a liderar o PSD.
Fonte: SOL