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Acabam de ser divulgadas as conclusões de um relatório ordenado pela justiça norueguesa à actuação da polícia a 22 de Julho, dia em que Anders Breivik foi responsável pela morte de 77 pessoas: as autoridades podiam ter actuado mais cedo, tanto em Oslo como na ilha de Utoya.Na capital do país, uma bomba detonada por Breivik num edifício governamental vitimou oito pessoas e deixou outras 209 feridas. Em Utoya, o autor confesso dos ataques matou 69 pessoas com uma arma, a maioria delas jovens que participavam numa concentração de Verão do Partido Trabalhista norueguês, que decorria na ilha.
De acordo com a BBC, as autoridades podiam ter actuado mais cedo, tanto em Oslo como em Utoya. Apesar de ainda pouco revelar, a cadeia de televisão britânica escreve que o relatório terá questionado o porquê de a polícia não ter utilizado um helicóptero na sua actuação, além de condenar a falha na deslocação de agentes para a ilha – sobrelotaram um barco semi-rígido, que acabaria por deixar entrar água e atrasar-se na sua marcha.
Outra das críticas que tem incidido sobre a actuação policial prende-se com a falta de monitorização antes do ataque a Anders Breivik. Já depois do ataque, as autoridades confirmaram que tinham detectado as encomendas dos materiais com que o suspeito acabaria por fabricar a bomba que explodiu o edifício no centro de Oslo.
Citando o relatório, «a capacidade do governo em proteger os cidadãos falhou». Embora condene a acção policial no dia dos ataques, «que podia, de facto, ter sido mais rápida», as conclusões não criticam, porém, que as autoridades podiam ter evitado o ataque.
«Não há bases [para dizer] que a PST [serviços secretos noruegueses] podiam e deviam ter evitado os ataques», pode ler-se no relatório.
Os ataques foram o pior episódio de violência na Noruega desde a Segunda Guerra Mundial. Em tribunal, Breivik confessou a autoria dos crimes, embora nunca se tenha considerado como culpado, alegando estar a cumprir uma missão contra multiculturalismo e presença de muçulmanos no país.
Fonte: SOL