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Fogos de Julho consumiram 5.643 hectares na Madeira

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O secretário do Ambiente e dos Recursos Naturais da Madeira revelou hoje que 5.643 hectares arderam na sequência dos incêndios de Julho na região, sendo que mais de metade diz respeito a espaço agrícola e urbano.«No mês de Julho, os incêndios atingiram um total de 5.643 hectares da região», afirmou Manuel António Correia, numa conferência de imprensa após ser ouvido, à porta fechada, na comissão especializada de recursos naturais e ambiente da Assembleia Legislativa da Madeira, no Funchal.
O responsável adiantou que «41,7 por cento das áreas incendiadas – 2.358 hectares – são áreas arborizadas e 58,3, correspondente a 3.285 hectares, são áreas não arborizadas».
«Há aqui uma forte predominância – 58,3 por cento – de áreas não florestais, portanto áreas agrícolas e áreas urbanas que foram atingidas por estes incêndios», continuou Manuel António Correia, cuja audição parlamentar foi requerida pelo grupo parlamentar do PSD.
O governante adiantou que «os valores ambientais mais essenciais da região, nomeadamente, a questão da floresta Laurissilva [classificada como património natural mundial pela Unesco], ficaram praticamente incólumes, à excepção de uma ou outra árvore que foi atingida».
Manuel António Correia reconheceu que a quantidade de área não florestal ardida levanta a questão do que «fazer para, no futuro, para defender estas áreas que devem ter tanta atenção como têm as florestais».
Sublinhando que existe legislação que obriga os proprietários a fazer a limpeza dos terrenos, o titular das pastas do ambiente e dos recursos naturais no arquipélago defendeu, contudo, a necessidade de tornar «esta obrigação legal exequível», assim como respostas para a sua operacionalização.
«Estamos a encontrar uma solução para um destino final destes resíduos, seja de floresta, de mato, de ervas secas, resultantes da limpeza que se quer que todos façam», declarou, considerando que «é mais difícil que as pessoas limpem [os terrenos] se não houver um destino para esses materiais ou se esse destino for caro».
Manuel António Correia adiantou que chegou a ser equacionada a construção de uma central de biomassa, opção abandonada por diversos factores, como o valor do investimento ou o custo da manutenção.
O governante explicou que o executivo insular tem estudado uma solução alternativa que passa pela criação de condições na central da Meia Serra para a biomassa florestal, que determinará menor investimento e custos de manutenção mais baixos.
«Aquela central baseia-se na queima de resíduos normais e tem folga para receber mais quantidade e de produção de mais energia eléctrica», garantiu, acrescentando esta possibilidade contempla a criação de «um sistema de recolha e de preparação do material lenhoso associado à floresta ou à limpeza dos terrenos». Segundo Manuel António Correia, com esta solução é apenas necessário investir em «equipamento para recolher e preparar o material para ser incinerado».

Fonte: Lusa/SOL
 
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