Juíza do caso Pussy Riot colocada sob protecção na véspera da leitura da sentença

A presidente do tribunal Khamovnitcheski de Moscovo, Marina Syrova, responsável pelo julgamento dos três elementos do grupo ‘punk’ feminino Pussy Riot, foi colocada sobre protecção estatal após ameaças, indicou hoje uma porta-voz da instância judicial.Esta decisão é divulgada na véspera da leitura da sentença das três jovens, acusadas de crimes de vandalismo motivado por ódio religioso.
«As ameaças vieram de apoiantes do grupo», afirmou, em declarações à agência noticiosa francesa AFP, a mesma porta-voz, Daria Liakh, escusando-se adiantar se a família da juíza também foi colocada sob protecção.
A leitura da sentença está prevista para sexta-feira para as 15:00, hora local (12:00 em Lisboa).
As três jovens - Nadejda Tolokonnikova, de 22 anos, Ekaterina Samoutsevitch, de 29, e Maria Alekhina, de 24 -, entraram encapuzadas em Fevereiro passado numa catedral ortodoxa de Moscovo e cantaram uma canção de protesto contra o Presidente russo Vladimir Putin. As jovens foram detidas em Março e mantidas, até à data, sob custódia policial.
A acusação pede três anos de prisão para as jovens.
O caso das Pussy Riot está a provocar várias divisões na sociedade russa, bem como ganhou um grande mediatismo internacional.
As jovens têm recebido vários apoios de peso, nomeadamente de artistas de renome internacional, como foi o caso da cantora norte-americana Madonna ou do grupo também norte-americano Red Hot Chilli Peppers.
Uma jornada mundial de apoio às três jovens está prevista para sexta-feira.

Fonte: Lusa/SOL