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Autarcas alentejanos contestam proposta de Viana do Castelo 'contra as touradas'

florindo

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Out 11, 2006
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Autarcas alentejanos contestaram hoje a tomada de posição da Câmara de Viana do Castelo, que anunciou que vai propor à Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP) a criação de uma secção de municípios «contra as touradas».«É uma situação que não terá ‘pés nem cabeça’. Não vivemos num país para o andarmos a dividir entre os que gostam de uma coisa e os que gostam de outra», afirmou o presidente do Município de Monforte, Miguel Rasquinho, em declarações à agência Lusa.
Por sua vez, o presidente da Comunidade Intermunicipal do Norte Alentejano (CIMAA), Armando Varela, considerou que a ideia avançada pelo município de Viana do Castelo passa à margem do trabalho desenvolvido pela ANMP, uma vez que a associação «serve para construir e não para destruir».
«A ANMP é uma organização que procura fazer qualquer coisa e não destruir qualquer coisa. Ao longo dos anos, foram construídas secções na ANMP para construir e não para destruir», sublinhou hoje à Lusa Armando Varela.
A Câmara de Viana do Castelo quer propor à ANMP a criação de uma secção de municípios «contra as touradas», que terá como objectivo a «erradicação» deste tipo de evento.
O anúncio foi feito hoje à Lusa por José Maria Costa, autarca de Viana do Castelo, município que se tornou, em 2009, o primeiro a declarar-se «antitouradas» e que tenta impedir a realização de uma corrida de touros na cidade, agendada para o próximo domingo.
Esta futura secção de municípios contra as touradas, que já está em estudo, servirá para «dar voz àqueles que, no país, se querem manifestar contra este tipo de tratamento aos animais».
«Poderá ser através de uma secção da ANMP contra as touradas, um grupo que possa levar à erradicação, à libertação do país das touradas, como no passado aconteceu com a escravatura», explicou José Maria Costa.
A ANMP conta há vários anos com a secção dos municípios com actividade taurina, departamento que congrega várias dezenas de concelhos de norte a sul do país.
Através desta secção, a grande maioria já declarou a tauromaquia Património Cultural e Imaterial de Interesse Municipal.
«Estou convencido, como diz o povo e bem, que ‘presunção e água benta cada um toma a que quer’ e estou convencido de que essa ideia do colega de Viana do Castelo não passa», afiançou Armando Varela.
Embora considere a proposta do município de Viana do Castelo «legítima», Armando Varela, que é também presidente do Município de Sousel, argumentou que o «grande desafio» do país passa por «criar condições para potenciar o desenvolvimento económico e combater o desemprego».
Também o autarca de Monforte disse respeitar a proposta do seu colega de Viana do Castelo, mas lembrou que a tauromaquia é uma actividade com «uma importância fundamental» em muitas regiões do país, pois, também «promove emprego de forma directa e indirecta».
Miguel Rasquinho, que se assumiu «defensor da cultura de cada região», sublinhou ainda acreditar que «todos os outros também respeitarão a entidade cultural de cada um, uma vez que a tauromaquia está um pouco difundida por todo o país».

Fonte: Lusa/SOL
 
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