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Seringa “indolor, segura e de fácil utilização” nasce em Coimbra

billshcot

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Nov 10, 2010
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Luís Arnaut, Carlos Serpa e Gonçalo Sá, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, desenvolveram uma seringa a laser (LaserLeap) que permite a administração de fármacos através da pele sem utilização de seringas tradicionais.

A nova tecnologia consiste numa técnica activa de permeação de pele, que pela utilização de luz laser de baixa intensidade, provoca a abertura reversível dos poros da pele, permitindo a passagem de um medicamento. Isto é conseguido através da formação muito eficiente de uma onda de pressão num material adequado, concomitante com a absorção da luz laser. Esta onda de pressão é propagada à pele, provocando aí um ‘tremor de pele’. É esta perturbação que vai permitir a passagem do medicamento.

Ao Ciência Hoje, Carlos Serpa afirma que as mais-valias da utilização da LaserLeap em relação ao método convencional de administração de fármacos residem no facto de a primeira ser “indolor, segura e reversível e de fácil utilização”.

A ideia para este projecto surge como uma “resposta a uma necessidade tangível”, mas a sua concretização é “apenas possível pelos conhecimentos de Ciência fundamental adquiridos ao longo de duas dezenas de anos”, sublinha o cientista.

Por enquanto, ainda não se sabe quando, onde e em que situações será utilizada a seringa a laser. Segundo Carlos Serpa, as perspectivas de utilização em alguns actos médicos que actualmente usam uma seringa estão abertas.

No entanto, após uma fase de desenvolvimento tecnológico e de prova de conceito, da construção de um primeiro protótipo e da apresentação de uma patente, o grupo de investigadores já avançou para a negociação de parcerias com fabricantes dos componentes do dispositivo tendo em vista a industrialização da sua construção. Depois disto, a metodologia poderá ser testada em seres humanos, seguindo os testes apropriados.

As perspectivas “mais optimistas” dos cientistas, que já criaram a empresa LaserLeap Technologies como forma de explorar comercialmente a tecnologia, apontam para a “utilização em dentro de um ano”.

“Neste momento, os nossos alvos prioritários são as aplicações dermatológicas. Nestes campos existem vários tratamentos em que é necessário assegurar que uma elevada concentração de medicamento atinja a derme em poucos minutos, algo que já provámos ser possível com a nossa metodologia. Depois de ultrapassados alguns desafios técnicos, a utilização em vacinação é nosso objectivo. Esta última situação é particularmente importante, pois a vacinação em crianças é usualmente feita por intermédio de injecções, provocando dor e temor”, sustenta o investigador .


Carlos Serpa é um dos investigadores responsáveis pela nova seringa
 
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