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EUA no centro do primeiro discurso de Assange

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Julian Assange discursou esta tarde pela primeira vez desde que procurou refúgio junto da embaixada do Equador em Londres, há dois meses.
Não se atrevendo a sair à rua – onde o Reino Unido disse que o prenderia – o ex-hacker falou a partir da janela do edifício e apelou aos EUA que pusessem termo à 'caça às bruxas' que diz estarem a levar a cabo contra os membros do WikiLeaks.
Primeiro, os agradecimentos.
Aos apoiantes, que se mantiveram fiéis como escudos às portas da embaixada, impedindo uma tentativa de invasão por parte das autoridades britânicas que, revelou Assange, só não foi levada até ao fim porque «o mundo estava a ver, e o mundo só estava a ver porque vocês [os apoiantes] estavam a ver», e seriam «testemunhas» de um desrespeito das regras internacionais.
Depois, ao presidente do Equador que acedeu ao seu pedido e lhe garantiu asilo político.
Dirigindo-se particularmente ao governo norte-americano, o hacker de 41 anos apelou a que as várias nações pusessem fim à «guerra contra aqueles que denunciam» os males da sociedade.
Assange arriscou mesmo descrever aquilo que os EUA deveriam fazer como exemplo de boa conduta: «Os EUA devem prometer que não vão tentar processar a nossa equipa [do WikiLeaks] e os nossos apoiantes»; «os EUA devem mostrar ao mundo que não vão perseguir jornalistas por denunciarem os crimes secretos dos detentores do poder».
Trata-se, portanto, de uma escolha que o país de Barack Obama deve fazer e que se baliza em duas frentes: «reafirmar os valores revolucionários sobre os quais os EUA se fundaram» ou «arrastar-nos para um mundo perigoso e opressivo onde os jornalistas se calam pelo medo de serem processados e os cidadãos são obrigados a sussurrar no escuro», rematou.



Julian Assange discursou durante cerca de 10 minutos, naquela que foi a sua primeira aparição pública desde o estoirar da mais recente crise diplomática.
É que, conforme o ordenado pelo Supremo Tribunal britânico, o cidadão australiano residente no Reino Unido deveria ser extraditado para a Suécia onde será interrogado no âmbito de acusações por alegados crimes de abuso sexual.
Uma vez na Suécia, acredita-se que Assange será depois enviado para os EUA, onde o esperam acusações de espionagem e divulgação de documentos secretos em 2010.
A batalha de Assange contra a extradição culminou com o pedido de asilo político ao Equador, que esta semana avançou com uma resposta afirmativa.
No entanto, a história não termina aqui.
Julian Assange permanece impedido de viajar para aquele país uma vez que o Reino Unido se recusou a reconhecer o asilo e garantiu que o prenderá assim que este pisar as ruas londrinas.

Fonte: SOL
 
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