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Seis acusados de tráfico de droga do Brasil para Portugal conhecem hoje decisão

florindo

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Out 11, 2006
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Os seis acusados de associação criminosa e tráfico de estupefacientes, suspeitos de transportarem, por via aérea, grandes quantidades de cocaína do Brasil para Portugal, conhecem hoje o acórdão na primeira vara criminal de Lisboa, no Campus da Justiça.Nas alegações finais, o procurador do Ministério Público (MP) disse que ficou provada a existência de uma rede criminosa «altamente estruturada», sem nome, mas com colaboradores que faziam a ligação entre os dois países que, por sua vez, contratavam os «correios da droga» para fazerem o transporte, por avião, de grandes quantidades de cocaína.
Os advogados de defesa, por seu lado, pediram a absolvição de três arguidos da acusação de associação criminosa, por entenderem que essa organização «nunca existiu», e defenderam que os seus clientes devem ser condenados apenas pelo crime de tráfico de estupefacientes, o qual confessaram em julgamento.
Os outros três arguidos - um deles uma mulher -, supostos «correios» da droga, estão a ser julgados pela prática em co-autoria de um crime de tráfico de estupefacientes. Nestes casos, os respectivos defensores pediram uma pena «próxima do mínimo» que a lei prevê, uma pena suspensa na sua execução e a absolvição de um dos elementos.
Cinco dos seis acusados, com idades entre os 24 e os 48 anos, encontram-se em prisão preventiva, no âmbito deste processo.
A leitura do acórdão está agendada para as 14h00 na primeira vara criminal de Lisboa, no Campus da Justiça.
Inicialmente, do despacho de acusação constavam sete pessoas - seis homens e uma mulher -, mas o alegado cabecilha da organização encontra-se em paradeiro desconhecido, tendo o tribunal decidido julgar os restantes seis membros.
Segundo a acusação, a cocaína era adquirida no Brasil pelo presumível líder da rede criminosa, e por outros elementos da organização, cuja identidade não foi possível apurar, e depois transportada para Portugal pelos «correios» da droga, recrutados pelo grupo, a troco de dinheiro.
De acordo com o MP, competia aos «correios» fazerem o transporte da cocaína por via aérea, dissimulada no caixote do lixo situado na casa de banho da aeronave, local onde era recolhida, após a aterragem em Lisboa, por funcionários do aeroporto, também contratados pelo grupo.
O esquema terá funcionado entre Novembro de 2010 e Junho de 2011.
Numa das viagens, a Polícia Judiciária (PJ) apreendeu mais de cinco quilos e duzentos gramas de cocaína distribuída por dez embalagens. Na ocasião não foram feitas detenções, uma vez que os arguidos abandonaram o local, quando se aperceberam da presença dos inspectores.
Segundo o MP, algumas semanas depois a PJ deteve, em flagrante delito, à saída do avião, um dos arguidos, funcionário de uma empresa de limpeza que operava no aeroporto de Lisboa, na posse de mais de cinco quilos de cocaína, dissimulada numa bolsa que transportava à cintura e que tinha levantado minutos antes, na casa de banho da aeronave.
Três homens estão acusados de associação criminosa e de tráfico de estupefacientes e os outros três elementos estão a ser julgados pela prática, em co-autoria, de um crime de tráfico de estupefacientes.

Fonte: Lusa/SOL
 
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