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Empresas de distribuição queixam-se do valor das taxas aplicadas nas transacções

florindo

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Out 11, 2006
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A directora-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), Ana Trigo Morais considera que as taxas cobradas nas transacções com cartões de multibanco aos retalhistas em Portugal «são muito elevadas». «Entendemos que Portugal é um mercado que tem pouca concorrência e cobra taxas muito elevadas aos comerciantes», disse.
O diário Público noticia hoje que a partir de 01 de Setembro os supermercados Pingo Doce vão deixar de aceitar pagamentos com cartões de multibanco e de crédito em compras com valor inferior a 20 euros.
Segundo o jornal, numa nota escrita, que já começou a ser distribuída a alguns clientes, a empresa refere que a medida vai permitir uma poupança anual superior a cinco milhões de euros.
Questionada pela Lusa sobre esta situação, Ana Trigo Morais disse que não é política da APED comentar as decisões dos seus associados, já que são um acto de gestão.
Relembra, contudo, que nos últimos anos a APED tem contestado os valores, tendo inclusivamente apresentado uma queixa em 2003 à Autoridade da Concorrência (AdC) por considerar a existência de distorção normal do funcionamento dos mercados, já que não há concorrência, e de «não haver razão para se pagar taxas tão elevadas».
A AdC não deu razão à APED. No final de 2011, a associação avançou com uma queixa semelhante no Tribunal do Comércio de Lisboa, que ainda está a decorrer.
Nas operações de crédito, segundo dados da APED, «o pagamento é duas vezes superior à média europeia, enquanto nas operações a débito o valor a pagar pelos retalhistas é quase três vezes superior».
Por isso, a associação defende «a baixa da taxa de serviço aos comerciantes», sublinhando que «nos últimos quatro anos os associados da APED pagaram 318 milhões de euros» em taxas de custo de pagamento.
Actualmente, adianta ainda, as empresas portuguesas estão a ter um cuidado especial em relação às suas linhas de custo: «Com a grave crise de consumo, é natural que as empresas tomem decisões de gestão».
A APED, que disse já ter tido várias reuniões com a Unicre, entidade responsável pela gestão e emissão de cartões de pagamento, reconhece que «tem havido alguns ajustamentos em baixa, mas são insuficientes».

Fonte: Lusa/ SOL
 
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