Consternação e incredulidade dominam familiares e amigos de vítimas de explosão
Consternação e incredulidade foram os sentimentos dominantes entre amigos e familiares das três pessoas que morreram hoje devido a uma explosão numa residência da Quinta do Sobral, concelho de Castro Marim.As vítimas são uma mãe e dois filhos, uma rapariga de 11 anos e um rapaz de 13, mas a origem da explosão ainda está a ser determinada pelos peritos da Polícia Judiciária, que estiveram desde a manhã na casa, situada numa urbanização de moradias e vivendas situada entre Castro Marim e São Bartolomeu do Sul.
A mulher era proprietária de uma clínica dentária situada em Vila Real de Santo António e, durante todo a manhã e tarde, foram chegando junto à residência familiares e amigos para perceberem o que tinha acontecido e tentar confortar a família.
«Isto é inacreditável. Nem consigo ainda acreditar», disse um amigo da família, acrescentando que o marido e pai das vítimas recebeu apoio psicológico do Instituto nacional e Emergência de Medica.
Uma vizinha contou à Lusa que cerca das 10h ouviu um grito, depois uma explosão e quando chegou cá fora apenas viu «muito fumo» a sair da porta.
«Estávamos na piscina, ouvimos gritos e, numa fracção de segundos, ouvimos a explosão e não ouvimos mais nada. Vimos fumo, muito fumo, chamas a sair da porta. Tentámos abrir os portões da casa e conseguimos. Chamámos para ver se estava alguém, mas ninguém respondeu», disse Alzira Sousa, de Felgueiras, que está de férias no Algarve.
A Polícia Judiciária esteve a recolher indícios e analisar o carro da vítima, juntamente com elementos da GNR e dos bombeiros.
Cerca das 14h chegou ao local o delegado de saúde e os bombeiros de Vila Real de Santo António, que também prestam socorro ao concelho vizinho de Castro Marim, procederam então à remoção dos corpos das vítimas.
A GNR tinha montado um perímetro de segurança na rua que dá acesso à casa e que não tem saída, impedindo os jornalistas de chegarem ao pé da vivenda.
Apesar da distância, os bombeiros colocaram um carro de combate a incêndios a tapar a vista para a vivenda, para que os jornalistas não conseguissem captar imagens da remoção dos cadáveres, que terminou perto das 16h.
A explosão registou-se numa divisão da casa e vitimou as três pessoas que se encontravam na altura na residência.
No local do acidente, nenhuma autoridade falou com os jornalistas, com a GNR a remeter qualquer explicação para o Comando de Faro e o INEM para o gabinete de comunicação em Lisboa.
A Lusa tentou falar com o responsável das Relações Públicas da GNR, mas até ao momento não conseguiu, o mesmo acontecendo com o INEM.
Fonte: Lusa / SOL