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Tribunal julga cinco pessoas por homicídio e ocultação de cadáver de homem de 68 anos

florindo

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Out 11, 2006
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O Tribunal de Barcelos agendou para 10 de Setembro o início do julgamento de quatro homens e uma mulher acusados de crimes de homicídio e ocultação do cadáver de um sexagenário, atirado para uma lagoa de caulinos.
Neste processo, cinco arguidos estão acusados pela prática, em coautoria, de um crime de homicídio qualificado e de um crime de roubo, sendo que três destes - mãe, filho e companheiro daquela - aguardam julgamento em prisão preventiva.
A acusação do Ministério Público (MP) de Barcelos aponta que o relacionamento entre o homem de 68 anos, proprietário de um café em Vila Chã, Esposende, e a arguida terá decorrido entre Agosto e Setembro de 2011, com encontros «num descampado usado para a prática de relações sexuais fortuitas» na freguesia de Palme, Barcelos.
O crime de ocultação de cadáver é imputado a cinco arguidos, além de outras acusações, por posse de armas proibidas.
Segundo fonte judicial contactada hoje pela Lusa, o julgamento decorrerá perante um tribunal colectivo e a primeira sessão está agendada para as 09:30 de 10 de Setembro.
A vítima é descrita pela acusação como levando uma «vida desafogada», à altura dos factos, e conhecido, além de «outros relacionamentos extraconjugais» com «mulheres de várias idades», por «ser sempre portador de várias peças em ouro» e grandes quantidades em dinheiro.
Cinco dos arguidos, diz o MP, «engendraram» uma «armadilha» para se «apoderarem dos bens e da quantia monetária» que o sexagenário transportava, «ainda que para concretização de tal desiderato se mostrasse necessário matar aquele».
A 18 de Setembro, a mulher, de 46 anos, agendou «um encontro de cariz sexual» para o dia seguinte, no habitual local de encontro, em Barcelos, mas à espera da vitima estavam também outros três dos arguidos, munidos de caçadeiras e encapuzados.
Um quarto homem ficou a guardar o carro que os transportava.
«Empunhavam as armas na sua direcção, apontando-lhas e dizendo que queriam o ouro e o dinheiro que tinha com ele», acusa o MP.
Além das várias peças de ouro, a vitima estaria na posse de cerca de 500 euros em dinheiro e ao tentar abandonar o local terá sido atingido, pelas costas, com um tiro de caçadeira, o que lhe provocou a morte.
Os cinco levaram várias peças em ouro, que foram depois «amassadas» para as «tornar não identificáveis» e cuja venda, numa loja da especialidade, terá rendido cerca de 1.800 euros.
Entre 19 e 22 de Setembro, descreve o MP, cinco dos arguidos - quatro dos quais também acusados pelo homicídio -, recorreram a uma corda para atar o cadáver «pela cintura a uma viga de cimento» que encontraram junto a uma lagoa de 100 metros de diâmetro e uma profundidade de quase três metros, em área de exploração de caulinos, em Alvarães, Viana do Castelo.
«Atiraram» o cadáver do homem para o seu interior, mas este acabaria por ser encontrado a 26 de Setembro, na lagoa, e «ainda agarrado à viga de cimento».
Através de buscas domiciliárias realizadas em Dezembro de 2011, em Fragoso, concelho de Barcelos, e Darque, concelho de Viana do Castelo, investigadores da Policia Judiciária encontraram várias armas ilegais, centenas de munições e cartuchos, além de artigos que pertenciam à vítima, como porta-chaves.
Na posse destes arguidos estava ainda um exemplar de um jornal com uma notícia relacionada com aquele homicídio.
Neste processo foram constituídos seis arguidos, com idades compreendidas entre os 19 e os 46 anos, dos quais três ficaram em prisão preventiva e dois em prisão domiciliária, segundo decisão do tribunal de Viana do Castelo, a quando do primeiro interrogatório judicial.

Fonte: Lusa/ SOL
 
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