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Óbvio mas Decepcionante: praticamos sexismo com robôs.

billshcot

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Nov 10, 2010
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Normalmente tratamos robôs como máquinas. Seja aspirando o pó, montando carros ou pilotando nossos aviões, não passamos a eles atributos de gênero. Mas isso só acontece enquanto os robôs estão bem pra lá do Vale da Estranheza, quando ainda são mecânicos demais para que os reconheçamos como humanos.

Assim que os robôs ganham qualidades mais próximas das de uma pessoa, assim que ganha feições e formas, milhares de anos de cultura, evolução e regras sociais falam mais alto e mesmo tendo consciência de que estamos lidando com máquinas, para as quais o conceito de gênero não faz o menor sentido, ainda assim as tratamos dessa forma.

Não falo de robôs plenamente capazes de atividade sexual, como as cilônias de Galactica, a Pris em Blade Runner ou a Rosie, n´Os Jetsons (agora você tem certeza de que eu sou doente). Falo de robôs utilitários, de demonstração, como o Petman, o Asimo ou aquela modelo-robô japonesa.

Uma pesquisa publicada no Jornal de Psicologia Social Aplicada descobriu que robôs masculinos de cabelos curtos são vistos como mais aptos a executar tarefas masculinas, e robôs com feições femininas são tidos como melhores em atividades comunais.

Ou seja: O robô-mulher vai acabar na cozinha de qualquer jeito.

Essa necessidade de atribuir gêneros vai além da linguagem. O inglês tem pronomes neutros mas mesmo assim atribuem gênero a objetos. Navios são femininos, carros são masculinos, o C3PO é gay.

Talvez seja utopia questionar isso, e ninguém está imune. Por exemplo: Há alguma dúvida de que o R2D2 seja “homem”? Todo mundo o trata assim, mas ele sequer fala, não faz sentido sequer ter um gênero.

O efeito ruim disso é que no momento em que criarmos os robôs dentro dos estereótipos, mesmo que para deixar a maioria mais confortável, estaremos reforçando esses estereótipos, o que é algo muito ruim, pois uma coisa é você admitir uma limitação cultural, outra é ativamente preservá-la.

 
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