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Problemas cardíacos aumentam 60% após actividade sísmica

florindo

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Um estudo desenvolvido por duas investigadoras portuguesas, que será apresentado, na quinta-feira, no Congresso Europeu de Epidemiologia, no Porto, revela que a taxa de ocorrências cardíacas aumenta 60 por cento face ao habitual nos dias seguintes a actividades sísmicas.De acordo com as autoras Ana Isabel Ribeiro, do Instituto Superior de Saúde Pública da Universidade do Porto, e Maria de Fátima Pina, do Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, a associação entre problemas cardíacos e terramotos já era conhecida.
Contudo, segundo as investigadoras, poucos estudos avaliavam o impacto que os sismos mais pequenos podiam ter nos episódios cardíacos não letais.
Neste trabalho, as autoras avaliaram os registos hospitalares de 59 municípios, com 1,7 milhões de habitantes, onde se registou um terramoto de magnitude 5,3, para perceberem o impacto do episódio nas admissões hospitalares por enfarte agudo do miocárdio.
Face aos resultados, as investigadoras alertam para a necessidade de as autoridades públicas apostarem na sensibilização da população para este problema e na educação da sociedade civil, no sentido de se evitar o pânico e reduzir o impacto dos terramotos na saúde das populações afectadas.
Portugal Continental, como em muitos outros locais, regista actividade sísmica frequentemente, embora seja de baixa intensidade.
Na quinta-feira, será igualmente apresentado o primeiro trabalho longitudinal que descreve o crescimento dos bebés portugueses.
Desenvolvido por uma equipa de investigadores do Porto, associados ao projecto da FMUP Geração XXI, o estudo revela que os bebés portugueses nascem, em média, com 3,1 quilos e 48 centímetros, no caso das meninas, e com 3,22 quilos e 49 centímetros, no caso dos rapazes.
Os investigadores registaram o ritmo de crescimento das crianças até aos quatro anos de idade. A recolha e avaliação destes dados são considerados importantes, na medida em que se sabe que «as acrianças que ganham peso rapidamente durante os primeiros anos de vida estão em maior risco de desenvolver obesidade mais tarde».
Um outro estudo que será apresentado por investigadores italianos revela que o calor pode induzir nascimentos prematuros.
Realizado numa corte de 10 anos de recém-nascidos, em Roma, o estudo reporta um aumento de partos prematuros na ordem dos 1,2 por cento por cada grau que a temperatura máxima aumenta na época quente (entre Abril e Outubro). A incidência de partos prematuros situa-se entre os cinco e os sete por cento e tende a crescer, o que faz deste um importante problema de Saúde Pública.
Os investigadores referem que as crianças que nascem prematuramente têm taxas mais elevadas de paralisia cerebral, défices sensitivos, dificuldades de aprendizagem e doenças respiratórias, por exemplo.
O Congresso Europeu de Epidemiologia que decorre entre hoje e sábado na Faculdade de Medicina do Porto reúne a participação de cerca de 400 investigadores, clínicos e especialistas em Epidemiologia e Saúde Pública, de 45 países, que irão abordar, sob múltiplas perspectivas, os mais recentes estudos e descobertas realizadas nesta área.
Foram submetidos ao congresso 661 trabalhos científicos originais, dos quais 538 serão apresentados como resumos, 146 na forma de comunicações orais e 392 como posters. Os estudos em causa reportam a todas as áreas da Epidemiologia, desde os trabalhos com cortes de nascimento até ao envelhecimento, passando ainda por temas como a Saúde Mental, a Saúde Ocupacional ou a Violência.

Fonte: Lusa/SOL
 
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