• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Sessões de julgamento do caso Independente 'sem efeito' por morte de juíza

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
38,982
Gostos Recebidos
343
ng1280034_435x190.jpg


As sessões de julgamento do caso da Universidade Independente, marcadas para 06 e 13 de Setembro, ficaram «sem efeito», por despacho da juíza presidente Ana Peres, proferido na semana em que faleceu uma juíza daquele colectivo: Ana Wiborg.
Uma fonte das Varas Criminais de Lisboa referiu à agência Lusa que, face ao agravamento do estado de saúde de Ana Wiborg (que viria entretanto a falecer), a juíza presidente Ana Peres determinou que as próximas duas audiências de julgamento ficavam «sem efeito».
O julgamento encontrava-se já na fase de alegações finais, que haviam começado a 19 de Julho, tendo a morte da juíza Ana Wiborg deixado a dúvida se toda a produção de prova em julgamento terá que ser, ou não, repetida.
A mesma fonte garantiu que a sessão de julgamento de 20 Setembro não foi desmarcada, mas admitiu que a juíza Ana Peres possa vir a proferir novo despacho no seguimento da morte de Ana Wiborg, ocorrida na madrugada de terça-feira.
Na audiência de julgamento de Julho passado, a juíza Ana Wiborg apareceu na sessão das alegações finais já muito debilitada em termos de saúde, e face à gravidade da doença já se admitia a possibilidade de a magistrada não poder acompanhar o processo até à leitura do acórdão.
Nessa sessão, o Ministério Público (MP) considerou, no julgamento da Universidade Independente (UNI), que o ex-reitor Luís Arouca e os arguidos Rui Verde (ex-vice-reitor), Amadeu Lima de Carvalho (accionista da UNI) e Rui Martins (director financeiro) praticaram actos ruinosos para a UNI, Estado e terceiros.
As alegações finais do julgamento do caso UNI, que tem 23 arguidos acusados e pronunciados de crimes económico-financeiros graves, tiveram assim início em Julho e, embora o MP não tivesse ainda pedido formalmente a condenação dos principais arguidos, já havia sinais de que dá como provado os ilícitos que lhes são imputados.
Quanto a Luís Arouca, a procuradora do MP referiu que documentos apreendidos na casa deste arguido dão conta que funcionava como consultor da direcção da UNI e conhecia a execução orçamental da universidade, pelo que as suas funções não «se limitaram às questões científicas».
«Conhecia a situação financeira da UNI e participava nas reuniões da direcção», frisou a magistrada, considerando que o antigo reitor participou na gestão da SIDES (sociedade detentora da UNI) juntamente com o ex-vice-reitor Rui Verde, o accionista Amadeu Lima de Carvalho e Rui Martins, da direcção financeira da UNI, todos arguidos do processo.
Falta de rigor contabilístico, falsos aumentos de capital, falsificação de acções, compra de património para utilização familiar, rotação de cheques com retorno à conta de origem e desvio de fundos para finalidades diversas foram apontados pelo MP, que considerou que Arouca, Rui Verde, Amadeu Lima de Carvalho e Rui Martins «agiram de acordo e com um plano delineado, causando prejuízo à UNI, ao Estado e a terceiros», incluindo instituições bancárias.

Fonte: Lusa/SOL
 
Topo