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José Mourinho garante que se sente como no início da carreira e, por isso, não pretende «tão cedo» abrandar o ritmo. O treinador do Real Madrid não esconde um desejo público há anos, o de treinar uma seleção, mas garante que não está para breve.
«Será mais tarde do que mais cedo. Tarde, muito tarde...Tenho 49 anos e vou terminar esta época com 50, mas sinto-me no início da carreira. Só quando vejo as fotos dos meus tempos do F.C. Porto é que dou conta que aquele menino se fez um homem que é treinador do Real Madrid. Mas só nas fotos. Por dentro estou como há 20 anos», garantiu o técnico português, em entrevista ao jornal «As».
O ritmo de trabalho das seleções, mais esporádico, é o principal entrave. Mourinho quer trabalhar mais e mais. «Por agora, e por muito tempo, não vou treinar uma seleção. Sou patriota e tenho um respeito muito grande pelo significado das seleções. Mas ainda não é para mim. Tenho de treinar 400 vezes por ano e dirigir 60 ou 70 jogos», frisou.
Sobre o momento do Real Madrid, Mourinho assegurou que o mau arranque no campeonato não o preocupa. «Todos os que tiveram jogadores no Europeu e nos Jogos Olímpicos passaram por problemas. Aconteceu com o Manchester United, o Chelsea, o Barcelona, o F.C. Porto, o Benfica...Quase todas as equipas grandes que não puderam fazer uma pré-temporada plena estão com dificuldades», descreveu.
Mourinho elogiou ainda o reforço Modric, dizendo que tem «o toque de classe de que o Bernabéu gosta» e garantiu que a sua equipa não está apenas focada na Liga dos Campeões. «Quem quer ganhar a Champions tem de estar bem durante toda a época», completou.
