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As decisões anunciadas pelo Banco Central Europeu (BCE) para combater a crise na zona euro deverão ser benéficas, apesar de a sua implementação apresentar riscos, alertou na sexta-feira a agência de notação financeira Standard & Poor’s (S&P).
Os anúncios do presidente do BCE, Mario Draghi, «em grande parte em linha com as expectativas» da S&P, não têm efeito sobre as notas atribuídas aos países da zona euro nem sobre as suas perspectivas, refere a agência em comunicado.
O BCE anunciou na quinta-feira uma série de medidas excepcionais para combater a crise na zona euro, como um programa ilimitado de compra de dívida soberana dos países que recebem assistência financeira, como Portugal, Espanha e Itália.
«Estas iniciativas poderão ajudar a estabilizar o mercado da dívida pública na zona euro e a reforçar a determinação dos governos dos países periféricos, designadamente a Grécia, Espanha, Portugal e Irlanda, em dar continuidade à suas reformas orçamentais e económicas», realçou a S&P.
A agência, que atribui ao BCE a nota máxima ‘AAA’ com perspectiva estável, lembrou que tem sob perspectiva negativa as notas de 15 dos 17 países da zona euro, uma vez que duvida das capacidades dos governos europeus para adoptarem as medidas necessárias.
«A nível europeu, observamos um cansaço crescente em relação aos programas de ajuda aos países em dificuldades por parte de alguns países como a Alemanha, Holanda e Finlândia», realçou.
A S&P apontou ainda «esforços difíceis de cooperação» entre governo federal e instituições provinciais em Espanha, bem como «incertezas políticas» em Itália na sequência das eleições gerais previstas para o início de 2013.
Ricardo Gusmão diz que é preciso compreender quem é afectado e lembra que há ajuda disponível nos serviços de emergência médica, em linhas de suporte, em grupos de auto-ajuda, no médio de família, em serviços de psiquiatria e em consultas especializadas.
Fonte: Lusa/SOL