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Jerónimo acusa Passos de 'descaramento inacreditável'

florindo

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O secretário-geral do PCP afirmou hoje que passado um ano de Governo PSD/CDS, «a dimensão dos problemas atingiu níveis inimagináveis» e não se resolveu a questão do défice e da dívida, acusando o primeiro-ministro de «descaramento inacreditável» ao anunciar mais austeridade.«Dissemo-lo e a vida confirma-o.
A dimensão dos problemas atingiu níveis inimagináveis. Se o país há muito estava mal, tudo ficou pior», disse Jerónimo de Sousa, na Quinta da Atalaia, no Seixal, durante o comício de encerramento da Festa do Avante! deste ano, depois de lembrar que há um ano, neste mesmo comício, tinha avisado que o acordo da ajuda externa assinado com os credores internacionais «não era um programa de ajuda, mas um pacto de agressão ao país e aos portugueses».
O líder dos comunistas portugueses sublinhou que o Governo PSD/CDS pediu «sacrifícios atrás de sacrifícios» mas «nem um só problema do país [ficou] resolvido».
«Nem aquele com que justificavam esta acção destruidora e este ataque brutal à vida dos portugueses: o controlo do défice das contas públicas. As metas do défice, em nome do qual este Governo pôs o país a ferro e fogo não vão ser resolvidas», acrescentou Jerónimo de Sousa, considerando que se trata de «um fracasso em toda a linha».
«Temos o país no fundo, défice por resolver e dívida a aumentar 6,6 milhões de euros», insistiu.
Para Jerónimo de Sousa é, por isso, um «descaramento» o recente anúncio de mais austeridade: «Agora, aí os temos a dizer que nem tudo correu como previam. E com um descaramento inacreditável a anuncia novas e mais brutais medidas, em nome da solução dos problemas que deliberadamente agravaram e continuam a agravar», afirmou.
«Ultrapassando tudo o que era imaginável e todos os limites da desfaçatez e do cinismo, acabámos de ver o primeiro-ministro, Passos Coelho, com ar pungente, a anunciar um descarado roubo nos salários dos trabalhadores e reformados, em nome do combate ao desemprego», acrescentou, perante os milhares de pessoas que enchiam o recinto envolvente do Palco 25 de Abril da Quinta da Atalaia.
Jerónimo de Sousa qualificou as medidas apresentadas por Passos Coelho na sexta-feira, e que integrarão o Orçamento do Estado de 2013, como um «golpe inqualificável» e um «saque» aos trabalhadores, considerando-as um «autêntico imposto», e acrescentou temer que o primeiro-ministro não tenha «dito tudo» e que a nível do IRS os trabalhadores do Estado, sobretudo, vejam os seus salários ainda mais «rapados».
As referências a Passos Coelho foram recebidas com gritos de «gatuno» pelos milhares de pessoas que ouviam o líder do PCP. Jerónimo de Sousa disse à audiência que se trata de uma expressão «forte», acrescentando a seguir: «Mas venha Passos Coelho dizer que não se justifica tendo em conta que não se justifica tendo em conta que de facto isto é um roubo, um roubo descarado aos trabalhadores e ao povo português».
Jerónimo de Sousa insistiu em que, por outro lado, o Governo anunciou uma «transferência directa dos dinheiros dos trabalhadores para o capital» e garantiu que o PCP «proporá a reposição» daquilo que «está a ser roubado» aos trabalhadores e aos reformados.
O líder comunista referiu-se ainda à mensagem que Passos Coelho escreveu no Facebook no sábado: «Admitimos que esteja a tratar do futuro dos seus filhos, está é a prejudicar o futuro dos filhos dos portugueses com esta política de direita, com estas medidas brutais, de cortes, de retrocesso», afirmou.

Fonte: Lusa/SOL
 
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