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Regata de jangadas em Leiria alerta para a preservação do rio Lis

florindo

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Quase uma centena de pessoas participou hoje em Cortes, Leiria, numa regata de jangadas que serviu de alerta para a preservação do rio Lis e de mote para a crítica social e política.
No ano em que se assinala a realização da 10.ª Regata de Jangadas, o presidente do Centro Popular, Cultural e Recreativo das Cortes, Luís Gaspar, admite que esta iniciativa é também hoje uma espécie de ‘Carnaval flutuante' do concelho de Leiria.
«Há lugar para as mensagens, para a ironia, mas sobretudo queremos pôr as pessoas a olhar para o rio», sublinha o responsável da associação que organiza um evento cujo epílogo tem lugar numa rua da aldeia onde se serve uma feijoada volante, numa mesa com 100 metros de comprimento.
Esta edição teve o cinema como tema central. Na aldeia de Cortes foi possível surpreender leões e zebras do filme ‘Madagáscar’ a vestirem-se no meio da estrada, soldados romanos da ‘Aldeia Gaulesa’, lavadeiras e camponesas da ‘Aldeia da Roupa Branca’ a caminho das jangadas ancoradas no rio Lis.
Antes do açude, no centro da aldeia, que tem uma rampa que testa a resistência das jangadas, centenas de pessoas assistiram, em terra, a uma regata cujos participantes não têm receio em submergir.
Uma ideia que se percebe do discurso de quatro amigos, que vieram da freguesia da Chaínça para desaguar no rio Lis com uma jangada de bambu intitulada de ‘O Náufrago’.
Estão convictos de que vai sobreviver à descida, embora essa não seja a prioridade.
«Se formos ao fundo torna-se um submarino», propõe Kenni Neves, como se os dois dias e meio que foram necessários à criação da jangada tenham deixado algumas garantias quanto à versatilidade da embarcação.
Coladas numa jangada que invoca o ‘Submarino Amarelo’, duas faixas garantem que este ‘Já está pago? com factura!’, mas avisa os mais distraídos de que ‘Não tem Portas’.
No mesmo ancoradouro improvisado, vê-se ‘O País Por Água Abaixo’ e o ‘Titanic’, outra jangada vizinha.
Apesar dos nomes pouco animadores, todas competem para resistir à travessia, numa regata cujo primeiro prémio é uma máquina de café e o segundo um vale de compras no valor de 50 euros.
Em direcção ao ponto de partida da regata, passam sexagenárias apressadas para tomar o lugar da jangada dedicada à ‘Aldeia da Roupa Branca’. Maria Helena Carvalho, Maria do Rosário, Maria do Carmo e Silvina Gaspar da Silva nasceram nos anos 1940, mas ainda estão "mais do que prontas para estas aventuras", asseguram.
A ‘Fuga das Galinhas’, ‘Austin Powers’, ‘Saw’, o ‘Caça Fantasmas’, ‘A Paixão de Cristo’, ‘Os Flinstones’ e ‘O Capuchinho Vermelho’ têm em comum o facto de terem participado na 10.ª Regata de Jangadas Criativas, mas também a obediência a uma das exigências da organização. Afinal, todas elas são jangadas feitas a partir de material reciclado.
«As pessoas estão aqui por diversão, mas, numa terra em que nasce o rio Lis, o que se pode destacar é a comunhão das pessoas com a natureza, a chamada de atenção para a limpeza do rio. Esta iniciativa vale mais do que mil palavras e do que discursos», frisou o presidente da Junta de Freguesia das Cortes, Manuel Cruz.

Fonte: Lusa/SOL
 
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