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Investigadores de Coimbra desenvolvem nova tecnologia

billshcot

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Nov 10, 2010
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O protótipo de uma nova tecnologia que irá marcar a Terceira Geração de Sistemas de Monitorização Remota de Doenças Cardiovasculares já foi testado em pacientes e validado clinicamente.

A solução chama-se ‘HeartCycle’ e foi desenvolvida, ao longo dos últimos quatro anos, por uma equipa de 10 investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC),no âmbito de um projecto europeu.

O equipamento, materializado numa camisola, é composto por um conjunto de sensores têxteis para recolher o eletrocardiograma e o cardiograma de impedância, sensores com dois microfones que permitem realizar a auscultação do coração e determinar todos os eventos que ocorrem no órgão e por um dispositivo eletrónico que recolhe toda a informação.

É com base neste sistema que “determinamos dois parâmetros que são fundamentais em cardiologia, na avaliação da função hemodinâmica: o débito cardíaco (quantidade de sangue que o coração consegue bombear por minuto) e a resistência periférica (a resistência que as artérias fazem à circulação do sangue). O controlo hemodinâmico (actividade do coração e artérias), em tempo real, permite dar informação terapêutica ao doente e ao médico, possibilitando, por exemplo, o ajuste diário da medicação” , explicam os coordenadores da investigação, Jorge Henriques, Paulo de Carvalho e Rui Paiva.

Até chegar ao mercado ainda há o desafio de transformar o protótipo num produto com design industrial adequado e testar a sua usabilidade. Quando isso acontecer, “a terceira geração de sistemas de monitorização remota terá um impacto muito significativo na gestão da doença crónica cardiovascular porque estamos a proporcionar um sistema para a terapêutica personalizada, articulando o cuidado em casa com o profissional de saúde no hospital”, afirmam os docentes da FCTUC.

Com o envelhecimento da população “o Sistema Europeu de Saúde aposta na mudança de paradigma, ou seja, passar da política reactiva para a política preventiva de forma a evitar tratamentos agressivos e internamentos prolongados dos doentes e que geram grandes custos económicos e sociais. Actualmente, o sistema está muito centrado no hospital e, por isso, os pacientes só recebem feedback em consultas médicas, ou na presença de sintomas”, sustentam.

O protótipo ‘HeartCycle’ já foi testado em pacientes no hospital dos Covões tendo revelado resultados muito promissores e está presentemente a desenvolver dois estudos clínicos independentes nos Hospitais de Madrid e de Hull (Grã-Bretanha).

Ciência Hoje
 
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