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Investigadores portugueses analisam influência das estradas nos animais

billshcot

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Nov 10, 2010
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Uma equipa de investigadores do Centro de Biologia Ambiental da Universidade de Lisboa é a primeira a analisar o efeito que as autoestradas têm no comportamento espacial de espécies silvestres.

O grupo tem vindo a investigar quais as implicações que estas estruturas têm na conservação da fauna selvagem, um trabalho essencial porque Portugal tem uma das mais densas redes viárias da Europa, que atravessam áreas naturais muito importantes.

Para realizar o estudo, publicado na revista PLOS ONE, foram selecionadas duas espécies com elevada taxa de mortalidade por atropelamento: a coruja-das-torres e a fuinha. Foram capturados 11 indivíduos de cada espécie, nos quais foram colocados transmissores para o seguimento dos seus movimentos diários, durante 16 meses. As observações decorreram em segmentos das autoestradas A2 e A6 que atravessam o Baixo Alentejo.

Os resultados revelaram que tanto a coruja-das-torres como a fuinha só evitam estas autoestradas quando o tráfego automóvel aumenta consideravelmente. Para além disso, verificou-se que as bermas das estradas com vegetação podem ser um factor de atracção destas espécies, por haver maior disponibilidade de pequenos roedores que lhes servem de alimento. Este comportamento revela-se especialmente prejudicial para as corujas-das-torres que, por terem um voo baixo, correm o risco de colidirem com veículos.

A investigação apresenta propostas simples para se poder reduzir o número de animais mortos por atropelamento. O corte regular da vegetação das bermas, a elevação da altura das bermas em locais críticos de mortalidade para obrigarem as corujas a manter o voo elevado e a naturalização das passagens existentes nas autoestradas, tornando-as assim atractivas às fuinhas que necessitam de aceder ao outro lado da estrada de forma segura, são algumas das hipóteses.

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