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Casa portuguesa quer "revolucionar o paradigma da habitação"

billshcot

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Nov 10, 2010
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Concebido pelo estudante da Universidade do Porto Manuel Vieira Lopes, «Casas em Movimento» está a ser distinguido como um dos projectos de arquitectura sustentável mais importantes a nível mundial. Finalista do «Solar Decathlon Europe 2012», o maior concurso internacional exclusivamente dedicado ao tema da habitação ecológica, que este ano se realiza em Madrid, o projecto, acredita o seu criador, “vai revolucionar o paradigma da habitação a nível mundial”.

Em conversa com o «Ciência Hoje», o autor explicou que um protótipo em tamanho real está já a ser montado na capital espanhola para estar pronto dia 12. O certame abre a 14 de Setembro e decorre até dia 30.


O projecto deu os seus primeiros passos em 2008, enquanto Manuel Vieira Lopes era estudante de mestrado integrado na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto. A habitação foi pensada para ser autónoma e sustentável. Projecto complexo que começou com o trabalho de uma só pessoa, junta já uma equipa multidisciplinar onde se incluem investigadores de vários institutos: “o INEGI está a desenvolver a parte mecânica e o INESC a parte da eficiência energética”.

Como um girassol, a casa roda sobre si própria de forma a acompanhar a trajectória solar ao longo do dia e daí retirar toda a energia necessária através dos painéis solares. “Mas como a «Solar Decathlon» não permitia para esta exibição que a casa tivesse movimento”, explica, “resolvemos fazer uma prova de conceito em que a casa pode ser adquirida sendo fixa, mas que permite upgrades ao longo do tempo”.

“Criámos também uma pala amovível para que no Inverno incida a luz solar na fachada e no Verão não. Com isto, há 25 por cento em ganhos de produção de energia” e não é necessário gastar energia para controlar a temperatura da casa. Além do mais, “como a casa está o dia todo iluminada há também poupança em termos de gastos na iluminação”.


A parte interior da habitação é feita de características inesperadas. “A casa modifica-se ao longo do dia. De manhã, não é necessário uma sala grande pois as pessoas podem tomar o pequeno-almoço a ritmos diferentes na cozinha. À noite, a sala une-se à cozinha para que se proporcione o encontro familiar”.

Outra das vantagens é a portabilidade. “Se as pessoas tiverem de se mudar podem levar a casa com elas. Hoje em dia já não há empregos para a vida e as pessoas estão em constante movimento”.

A caminho de Madrid a equipa vai fazer uma espécie de digressão por várias autarquias de Portugal e Espanha para dar a conhecer o projecto e fazer acções de sensibilização para as questões ambientais.

A partida está marcada para o próximo sábado, dia 8, às 11 horas, na Reitoria da Universidade do Porto (Praça Gomes Teixeira). As paragens serão Aveiro, Viseu, Guarda, Ciudad Rodrigo, Salamanca e Ávila.

Ciência Hoje
 
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