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Carvalho da Silva apela à 'indignação imediata' dos portugueses

florindo

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Out 11, 2006
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O ex-secretário-geral da CGTP Carvalho da Silva apelou hoje aos portugueses para que manifestem a sua «indignação imediata» face às medidas de austeridade e perante um Governo que «actua sem transparência e sem vergonha».
«Este Governo está a actuar absolutamente distanciado dos problemas dos portugueses, não tem nenhuma proposta de saída e actua sem transparência, sem verdade e sem vergonha. E é preciso dar resposta urgente», afirmou.
Carvalho da Silva falava em conferência de imprensa promovida pela organização do Congresso Democrático das Alternativas, que se realizará no dia 5 de Outubro, em Lisboa, e que reuniu cerca de dois mil subscritores até ao momento.
Num contexto de agravamento da situação económica e social do país, em que «a `troika' está claramente a fazer do país uma cobaia» que conduz ao «empobrecimento aceleradíssimo e chocante», acentuou, «é necessário uma reacção fortíssima dos portugueses, manifestando indignação imediata».
O ex-secretário-geral da CGTP contestou que as medidas anunciadas terça-feira pelo ministro das Finanças, Vítor Gaspar, garantam a criação de 47 mil empregos e afirmou que «isso é uma falácia absoluta».
«Onde é que o homem tem instrumentos para chegar a este número?», questionou, afirmando que «mais um ano» da mesma política «é prolongar a agonia».
Carvalho da Silva considerou que o Governo português «não tem condições de mobilizar os portugueses para as respostas aos problemas» e tornou-se um «factor de apodrecimento do país" e deixou ainda críticas ao Presidente da República, afirmando que «vai dando cobertura» às políticas do Executivo com algum «cinismo político».
Para além da expressão da indignação dos portugueses, defendeu Carvalho da Silva, «é preciso que aqueles que não se submetem a estas políticas encontrem pontos de convergência».
Nesse sentido, o objectivo do Congresso Democrático das Alternativas, afirmou, é definir «denominadores comuns» entre as diversas forças e sensibilidades políticas para «identificar conteúdos e respostas concretas» sem «escamotear a forma de lidar com os credores e com a dívida».
«Não é um percurso fácil, é um percurso que obriga à acção e à solidariedade internacional. Não podemos continuar isolados» nas formas de luta contra as actuais políticas, que são impostas «pelo governo externo», considerou.
Até à realização do Congresso Democrático das Alternativas, que irá decorrer no dia 5 de Outubro sob o lema ‘Resgatar Portugal para um Futuro Decente’, na Aula Magna, Lisboa, vão realizar-se encontros de subscritores por todo o país e debates temáticos.
‘Os desafios da denúncia do memorando’, em Lisboa, ‘Uma economia sustentável que dignifique o trabalho’, em Coimbra, ‘O lugar de Portugal na Europa e no Mundo’, no Porto e ‘Uma sociedade mais justa e inclusiva’, em Braga, são os debates já confirmados pela organização.

Fonte: Lusa/SOL
 
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