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Imprensa francesa destaca 'ar' que 'troika' deu a Portugal para respirar

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Da intervenção de terça-feira do ministro das Finanças português sobre a quinta avaliação da 'troika' ao programa de ajustamento económico ao país, a imprensa francesa destaca a «lufada de ar fresco» da revisão das metas para o défice orçamental.
Na terça-feira, o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, anunciou que o Governo e a ‘troika’ (União Europeia, Fundo Monetário Europeu e Banco Central Europeu) acordaram rever as metas para o défice orçamental e divulgou uma série de novas medidas de austeridade.
«Os limites quantitativos para o défice orçamental, em percentagem do PIB [Produto Interno Bruto], passaram para 5 por cento em 2012, 4,5 por cento em 2013 e 2,5 por cento em 2014», disse Vítor Gaspar, em conferência de imprensa.
Os limites anteriores eram 4,5 por cento este ano e de 3 por cento no próximo.
Na edição de hoje, o económico francês Les Echos escreve: «A Europa dá ar a Portugal». O diário diz que a ‘troika’ se «rendeu à evidência: a boa vontade não é suficiente para reduzir o défice público».
«Apesar de uma aplicação zelosa do programa de reformas acordado em troca de um plano de ajuda de 78 mil milhões de euros, a recessão – a pior depois dos anos de 1970 – afasta inexoravelmente Portugal dos seus objectivos orçamentais», publica.
O económico escreve ainda que o país «se afundou num círculo vicioso» e explica que «a austeridade, que visava a redução do défice, agrava a recessão, que, por sua vez, acaba por conduzir a menos receitas fiscais e a mais despesas sociais, e, logo, a um défice agravado».
A mesma notícia dá também destaque ao «novo sacrifício» pedido pelo Governo de Passos Coelho aos contribuintes, com o anúncio, na sexta-feira passada, do aumento das contribuições dos trabalhadores para a segurança social, para equipará-la às contribuições patronais.
«O primeiro-ministro, que foi criticado até no interior do seu próprio partido por este novo sacrifício exigido aos portugueses, desculpou-se numa mensagem publicada no domingo na sua página [na rede social] Facebook. Ele fala de ‘sacrifícios’, de ‘frustração’ e de ‘dramas pessoais e familiares’, mas também de ‘coragem’ e de ‘determinação’», conclui Les Echos.
Ainda na terça-feira, tanto o diário Le Monde como a revista semanal Le Nouvel Observateur deram conta destas novidades nas suas páginas na Internet.
«Na vez de Atenas, é Lisboa que vai beneficiar de uma lufada de ar fresco», escreve o Le Monde, acrescentando que a revisão das metas orçamentais do programa de ajustamento da economia portuguesa surge com o país «a esforçar-se para cumprir os seus compromissos internacionais».
Os dois títulos fazem ainda referência à taxa de desemprego, que já passou os 15 por cento e que o Governo estima que vá chegar aos 16 por cento no próximo ano.

Fonte: Lusa/SOL
 
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