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Equipa portuguesa quer compreender como o parasita da malária detecta nutrientes

billshcot

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Nov 10, 2010
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Investigação liderada por Maria Mota recebe 1.5 milhões de euros para avançar

A equipa de Maria M. Mota, do Instituto de Medicina Molecular (IMM) em Lisboa, recebeu um financiamento de 1.5 milhões de euros do Conselho Europeu de Investigação (ERC), para desvendar os mecanismos pelos quais os parasitas são capazes de sentir e adaptar-se a sinais ambientais originários de nutrientes e determinar como essa adaptação afecta o curso e virulência da infecção na Malária.

Os investigadores pretendem descobrir se os organismos que vivem às custas de outros têm também essa capacidade de detecção e adaptação.

Os parasitas, causadores de inúmeras doenças, como a malária e a doença do sono entre outras, requerem um hospedeiro para sobreviver e são dependentes dos nutrientes que o último pode fornecer de forma a manter o seu ciclo de vida. Mas ainda se desconhece a capacidade destes parasitas detectarem mudanças em níveis de nutrientes e reprogramar o seu metabolismo.

Assim, a equipa do IMM iniciou a sua investigação e obteve já as primeiras evidências de que parasitas como o causador da malária, doença que mata ainda a 1 milhão de crianças todos os anos, tem formas de detectar o estado nutricional do hospedeiro (o ser humano que estão a infectar) adaptando-se de forma a conseguir sobreviver, replicar-se e causar a doença.

“As doenças infecciosas como a malária ou a doença do sono permanecem desafios médicos nos nossos dias, sendo causas de morte em grande parte do globo. Uma das principais razões desta realidade é desconhecermos de que forma os agentes causadores destas doenças se adaptaram à vida parasitária dentro dos seus hospedeiros. Neste projecto estamos a abordar directamente a hipótese de que os parasitas têm a capacidade de detectar e se adaptar ao estado nutricional do hospedeiro. Compreender como o parasita consegue fazer isso vai-nos permitir identificar alvos terapêuticos para combater estas doenças”, afirma Maria M. Mota, directora da Unidade de Malária do IMM.


Maria Mota
 
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