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Óscar Cardozo foi um dos alvos dos adeptos e da Imprensa paraguaia após a derrota (0-2) da “albirroja” frente à Venezuela. O avançado do Benfica desperdiçou algumas ocasiões de golo mas Rogelio Delgado e Romerito, antigos internacionais paraguaios, defendem que “takuara” não é o principal problema da equipa orientada por Gerardo Pelusso.
«Há muita pressão sobre ele. Os adeptos esperam muito dele porque faz muitos golos pelo Benfica, é um dos maiores goleadores da Europa e as pessoas querem ver aqui o que vêm na televisão. Mas precisa que a equipa jogue em função dele, assim como o Benfica faz. Também é necessário que ele tenha um pouco mais de personalidade», disse Rogelio Delgado, capitão do Paraguai no Mundial de 1986, em declarações ao Lancenet.
Romerito, que conta com 32 internacionalizações pelo Paraguai, é da mesma opinião: «O rendimento é o mesmo, mas as duas equipas jogam de formas bem diferentes. O esquema do Benfica favorece o futebol de Cardozo. Ele não joga mal, mas a bola não entra. Também falta alguma sorte. O Cardozo é um bom jogador, mas não é bem aproveitado na seleção.»
Gabriel Cazenave, jornalista do ABC Color, do Paraguai, explica que, na seleção, Cardozo tem menos tempo para mostrar o que vale: «Ele vem poucas vezes à seleção, não tem como se recuperar. E se a bola não chega lá à frente, com um meio-campo pouco criativo, é complicado. No Benfica, ele tem uma boa equipa atrás e um bom companheiro no ataque. Aqui, o público já não gosta dele... começa o jogo e ele é vaiado. É incrível.»
