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Fúria anti-EUA espalha-se pelo mundo muçulmano

florindo

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A fúria muçulmana contra os EUA continua. O incêndio da revolta intensificou-se na Tunísia, alastrou-se ao Sudão, Líbano, Nigéria e à Índia, com milhares de manifestantes a atacarem embaixadas e consulados. Em Kathroum, capital sudanesa, até os edifícios da Alemanha e Reino Unido já foram cercados.Um incêndio desencadeado por uma faísca em forma de filme. Com o título (de tradução livre), A Inocência dos Muçulmanos, o filme ridiculariza o Islão e o Profeta Maomé, e agora está na base da ira que a população muçulmana tem dirigido aos edifícios diplomáticos das nações ocidentais no Médio Oriente e Norte de África. E a revolta vai-se espalhando.
Os EUA vão tentanto, sem êxito, esconder a causa destes males.

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Tommy Vietor, um porta-voz do Conselho Nacional de Segurança norte-americano, revelou ao Washington Post que a Casa Branca pediu ao YouTube para rever o polémico filme, de modo a averiguar se viola, ou não, os seus termos de uso.
Porém, a Google - detentora do site de partilha de vídeos -, retorquiu que «o vídeo respeita claramente as regras do YouTube e, por isso, será mantido no site».
Na terça-feira, um ataque ao consulado norte-americano em Bengazi, na Líbia, matou o embaixador Christopher Stevens, além de outros três diplomatas dos EUA.
E hoje, a violência começou a surgir no Líbano, país que partilha fronteiras com a Síria e Israel. Em Tripoli, a segunda maior cidade do país, centenas de manifestantes incendiaram um restaurante do Kentucky Fried Chicken (KFC), uma cadeia de fast-food norte-americana.
Um correspondente da BBC no local conta que «no caminho que os manifestantes faziam até uma praça» no centro da cidade, «passaram pelo KFC, atacaram a polícia, que fugiu, e depois começaram a atirar pedras e a partir os vidros». Pouco depois, já «havia chamas em todo o lado».
Esta onda de violência seguiu para outros restaurantes. Os últimos relatos apontam que, para já, uma pessoa morreu e outras 25 terão ficado feridas.

África 'acorda'

Um novo surgiu foco no Sudão. Em Karthoum, a capital, perto de 5 mil manifestantes cercaram a embaixada norte-americana, a partir de onde a revolta depois alastrou às embaixadas da Alemanha – que chegou a ser parcialmente incendiada - e do Reino Unido. A BBC noticia já pelo menos um morto na sequência dos protestos.
William Hague, ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, exigiu ao embaixador sudanês em Londres, que «garantisse uma eficaz protecção, a todo o momento, dos edifícios diplomáticos» em Karthoum.
Mais a Oeste, em Jos, capital da Nigéria, milhares têm-se manifestado à volta das embaixadas dos EUA e de Israel, obrigando as autoridades a disparar tiros para o ar para dispersar as multidões.
Em Tunis, capital tunisina, onde os manifestantes conseguiram ontem entrar na embaixada norte-americana, contam-se dois mortos e quase 30 feridos. Hamadi Jebali, primeiro-ministro do país, falando à cadeia de televisão britânica, sublinhou porém que «é estritamente proibido responder com violência à violência».
Uma violência que incendiou uma escola localizada nos arredores da embaixada norte-americana. Os manifestantes voltaram a conseguir entrar no edifício diplomático, apesar dos veículos armados que foram colocados diante do portão. Ao entrarem, substituíram a bandeira dos EUA por uma outra, islâmica.
No Egipto, além da revolta presente no Cairo, capital - as autoridades recorreram ao gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes -, começaram hoje a registar-se ataques na Península do Sinai, território do país que faz fronteira com Israel.
Grupos e milícias armadas islâmicos atacaram alguns postos fronteiriços controlados por tropas norte-americanas.

Focos em Gaza e na Índia

Apesar de não existir qualquer representação diplomática norte-americana na Faixa de Gaza, o New York Times conta que outros milhares de pessoas se reuniram diante do parlamento na Cidade de Gaza, a capital, onde pisaram e rasgaram bandeiras dos EUA e Israel. Ouviram-se gritos de «Morte à América e a Israel».
Em Chennai, cidade indiana, cerca de uma centena de muçulmanos reuniram para arremessarem pedras contra o edifício do consulado norte-americano. As autoridades detiveram 86 pessoas.
O mapa dos protestos não se fica por aqui: existe fogos de violência em Saná (Iémen), em Bagdade (Iraque), em Damasco (Síria) no Bangladesh e no Afeganistão. E a revolta parece estar apenas a ganhar força.

Fonte: SOL
 
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