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Saldos de Verão não salvaram o comércio

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Out 11, 2006
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A esperança dos comerciantes nos saldos de verão enquanto “tábua de salvação” para o negócio esfumou-se, pois o turismo “não compensou” a quebra de quase 40 por cento nas vendas, consideraram hoje representantes do setor.
Apesar do otimismo dos meses de verão, em que o comércio de cidade e de proximidade procura recuperar das quebras entre os 30 e os 40 por cento das promoções e dos saldos do inverno, neste verão registou-se “uma menor redução, muito fruto do turismo, que ajuda sempre”, afirmou à agência Lusa a presidente da União de Associações do Comércio e Serviços (UACS), Carla Salsinha.
No entanto, no conjunto de um ano que “está a ser muito difícil” para o setor, e mesmo com as promoções na época normal de saldos de verão, os comerciantes estão com quebras “muito perto dos 40 por cento”, disse.
“As promoções no verão, apesar da maior animação turística, terão tido uma quebra na ordem dos 30 por cento”, explicou à Lusa Carla Sardinha, lembrando, com graça, que “é normal e transversal à crise falar-se de promoções em todos os setores até na restauração. Oferecem o café com um bolo a um preço específico!”.
Por sua vez, o vice-presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), Vasco Melo, reconheceu também à Lusa que as promoções e os saldos do verão “não compensaram integralmente” a quebra no consumo, mesmo com “um turismo que encheu os hotéis, mas que não foi tanto às lojas”.
Pese embora uma certa “agressividade” no marketing promocional, com quebras de preços a chegarem a 60 e a 70 por cento, a grande parte dos comerciantes limitou-se “a escoar os stocks”, sem garantirem “qualquer rentabilidade”, disseram à Lusa os representantes dos comerciantes.
Apesar dos apelos do verão, “todos tentaram travar o consumo de forma ímpar”, salientaram.
No Norte, Sul e Lisboa, a quebra registada pela CCP no domínio do comércio e, em termos gerais, situou-se entre os 30 e os 35 por cento, embora reconheça que nas zonas turísticas e transfronteiriças “houve algum melhoria”, mas que não compensou a crise e o período de retração do negócio.
Neste verão, os setores da moda (vestuário, têxtil e calçado) e os ligados à tecnologia (computadores e telemóveis) foram aqueles que maior procura tiveram, depois das famílias satisfazerem os seus compromissos com a alimentação, a escola dos filhos e o pagamento dos empréstimos à habitação.
“A situação atual não permitiu recuperar a grande quebra do consumo, até porque as famílias viram-se privadas do subsídio de férias, o desemprego aumentou, o consumo retraiu-se e as expectativas também”, sublinharam.

Fonte: Lusa / SOL
 
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