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Os protestos marcados para este sábado prometem ter uma adesão maior do que a prevista há um mês, quando a convocatória começou a circular no Facebook, sob o lema ‘Que se lixe a troika, queremos as nossas vidas!’.
Mais de 50 mil pessoas confirmaram a presença só no protesto de Lisboa.
O agravamento da austeridade, anunciado pelo Governo nos últimos dias, ditou uma reviravolta nas expectativas da organização do protesto, que em Lisboa está marcado para as 17 horas, na Praça José Fontana, seguindo daí para a Praça de Espanha. No Porto, a manifestação terá lugar na Avenida dos Aliados (25 mil pessoas prometem estar presentes). Há protestos marcados para três dezenas de cidades portuguesas e há ajuntamentos planeados na diáspora (Brasil, Bélgica, EUA, Canadá, Espanha, Alemanha, Reino Unido e França).
«Todos estão revoltados e assustados com o que está acontecer», diz uma das activistas, Ana Nicolau, acrescentando que, tanto no Facebook como no blogue Que se lixe a troika, começaram a disparar visitas e adesões à manifestação.
A activista – um dos 29 elementos da organização da manifestação, preparada entre conversas na internet e encontros em cafés – antevê «uma multidão nas ruas de Lisboa». «Estávamos fartos de nos queixarmos do Governo e de nunca fazer nada em relação a isso», explica Ana Nicolau, que até agora nunca tinha integrado nenhum movimento político.
João Labrincha, do Movimento 12 de Março – um dos mais de 20 movimentos que aderiram à manifestação – também espera uma «adesão muito superior à do protesto de 15 de Outubro» (de 2011).
Prostesto ibérico
Amanhã, os movimentos sociais portugueses em solidariedade com os congéneres espanhóis que, à mesma hora, se concentrarão em várias cidades do país vizinho, para contestar as medidas de Mariano Rajoy e contra um desemprego galopante.
A manifestação portuguesa deverá ser «pacífica», diz Ana Nicolau. «Desencorajamos todas as formas de violência, e comentários mais agressivos», salienta.
A mesma expectativa têm as autoridades. A PSP espera um protesto pacífico, não tendo havido qualquer reunião do gabinete coordenador de Segurança, que habitualmente define estratégias em casos em que o risco de violência é considerado elevado, apurou o SOL.
A Polícia espera uma manifestação de pequena a média dimensão, mas tem dois dispositivos preparados «para actuar em qualquer cenário». «Um estará mais visível e o outro na retaguarda a postos», explicou ao SOL fonte da PSP. Até ao momento da manifestação, as autoridades vão «monitorizar ‘minuto a minuto’ a actividade na internet», adiantou a mesma fonte.
Fonte: SOL
