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Imigrantes moravam na Costa da Caparica
Leia Oliveira justificou o homicídio com a violência física e psicológica. Ficou em prisão preventiva.
Leia Oliveira, presa por ter matado o marido a tiro, sexta-feira, em Almada, confessou às autoridades que o marido lhe terá dito que se a filha de dois anos não ficasse com o pai, não ficava com ninguém.
A ameaça da morte e a alegada violência doméstica foram as razões apresentadas pela cabeleireira, imigrante brasileira de 33 anos, para ter disparado uma caçadeira de canos serrados, acabando por matar o marido, Leo França, também brasileiro, de 23 anos.
Uma vizinha do casal, na Avenida do Movimento das Forças Armadas, na Costa de Caparica, Almada, disse ao JN que os gritos em casa do casal eram frequentes, chegando ao ponto de Leo França gritar e insultar a filha.
A detida disse ainda à Polícia que Leo a agredia e à filha, o que acabou por precipitar um divórcio que nunca foi assinado.
Fonte policial referiu que, durante a tarde de anteontem, o casal esteve na Conservatória do Registo Civil, em Almada, onde Leo teria de dar a morada do Brasil e assinar o divórcio.
Perante a recusa do marido, Leia foi buscar uma caçadeira e matou-o a tiro.
Caçadeira por 500 euros
Dois dias antes, Leia Oliveira entregou 250 euros a um traficante de armas, e mais 250 na manhã de sexta-feira, altura em que o traficante entregou a caçadeira à cabeleireira.
A arma terá vindo da zona de Santarém.
A compra da caçadeira antes da sexta-feira à tarde é a principal razão para as autoridades considerarem estar- -se perante um homicídio premeditado.
Fonte: Jornal de Notícias