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Catalunha mede forças com Madrid

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Uma Catalunha sem exército, com língua castelhana e dentro do marco da União Europeia.
Foi este o desejo que Artur Mas, o presidente da Generalitat da Catalunha, manifestou nesta semana em Madrid.
A grande manifestação de força demonstrada pelo independentismo catalão na marcha que, na passada terça-feira encheu as ruas de Barcelona, voltou a colocar a questão nacional no centro do debate político em Espanha.
O dirigente da coligação Convergencia i Unió (CiU) tem aproveitado o multitudinário protesto, que conseguiu reunir cerca de 1,5 milhões de pessoas em Barcelona sob o lema "Catalunha, novo estado da Europa", para se tornar no porta-voz do reforçado sentimento independentista catalão, que tem vindo a ganhar expressão com o agravar da crise económica.
Segundo as sondagens, dentro da sociedade catalã o apoio à autodeterminação supera já os 50%, sendo que apenas um em cada cinco afirma que votaria contra a separação de Espanha num referendo.
O desígnio apresenta, no entanto, escassas possibilidades de êxito, uma vez que o Estado Central não demonstra qualquer vontade de reconhecer a Catalunha como nação independente, escudando-se no artigo 2.0º da Constituição, que prevê a "unidade indissolúvel da nação espanhola". Para alterar o documento, é necessária uma maioria de dois terços no Congresso de Deputados e no Senado.
O objetivo imediato de Artur Mas, presidente do Governo regional, baseia-se, portanto, no pacto fiscal: levar Mariano Rajoy e os populares a aceitarem um acordo segundo o qual a Catalunha teria total controlo sobre a sua própria arrecadação de impostos.
É isso que o responsável catalão irá propor ao presidente do Governo Central espanhol na reunião que terão na próxima quinta-feira, dia 20. Caso não alcance o intuito, o cenário mais provável é o da convocação de umas eleições antecipadas que certamente ficariam marcadas pelo auge do nacionalismo.
A ofensiva secessionista catalã tem crescido, no entanto, ao mesmo ritmo que o desígnio centralizador do governo conservador do Partido Popular. Com o argumento de necessidade de controlo das contas públicas, o PP tem procurado limitar a autonomia financeira das comunidades autónomas.

Fonte: Jornal de Notícias



 
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