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Estudo diz que TSU vai causar perda de mais de 30 mil empregos

florindo

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Um estudo de cinco economistas das universidades do Minho e de Coimbra conclui que as mudanças nas contribuições para a Segurança Social vão resultar na perda de «cerca de 33 mil empregos». O estudo hoje divulgado foi preparado por quatro professores de economia do Minho e um de Coimbra. A sua conclusão é que a redução da taxa social única (TSU, contribuição das empresas) tem um efeito diminuto na criação de postos de trabalho, enquanto o aumento da contribuição dos trabalhadores leva a uma redução significativa do emprego.
«O principal resultado é que esta medida leva a uma redução de 30 e tal mil empregos», disse à Lusa um dos autores do estudo, Luís Aguiar-Conraria, professor na Universidade do Minho.
Como é que esta medida causaria uma redução no emprego? «Com base em cálculos auxiliares, desconfiamos - isto já não é um resultado garantido - que tal seja devido à retracção da procura interna», acrescenta o académico.
O valor de 33 mil empregos é um ponto médio. No pior cenário (e considerando um horizonte de curto prazo, «um ou dois anos»), perdem-se 68.000 empregos; na «melhor das hipóteses», haveria um impacto positivo de mais mil empregos.
Ou seja, mesmo no melhor cenário, a medida implicava «uma transferência de riqueza de quase 3000 milhões de euros de uma parte da população para outra com um impacto nulo» sobre o emprego, sem considerar os efeitos sobre o crescimento da economia e sobre a coesão social.
O Governo anunciou que vai reduzir a TSU em 5,75 pontos percentuais para as empresas, financiando a medida com um aumento de seis pontos na contribuição dos trabalhadores para a Segurança Social.
A redução da TSU é uma das propostas iniciais da 'troika', que propunha financiar esta medida através de um aumento do IVA.
Aguiar-Conraria diz que a metodologia dos cinco académicos «segue de perto a do estudo do FMI» que sugeria um aumento do IVA. O Governo na altura rejeitou a ideia, considerando não haver «margem orçamental».
Sindicatos, partidos da oposição e mesmo alguns empresários dizem que a redução da TSU terá efeitos negativos sobre a economia e o emprego devido à retracção da procura interna. O Governo tem sugerido que vai criar mecanismos para levar as empresas a utilizar as poupanças no sentido da criação de emprego ou da redução de preços.
«Isso é um disparate. Isso nem merece comentário», diz Aguiar-Conraria. «O dinheiro é fungível. É impossível de fazer esse tipo de controlo. E mesmo que fosse, não estamos na União Soviética. Nem comento isso, fica para os políticos comentarem.
O estudo dos cinco académicos, intitulado 'Emprego e TSU', está disponível na Internet em www3.eeg.uminho.pt/economia/nipe.

Fonte: Lusa/SOL
 
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