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Rebentamentos entre dezenas de milhar de pessoas concentradas junto ao Palácio de Belém [ vídeo ]

billshcot

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Nov 10, 2010
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Junto ao Palácio de Belém, em Lisboa, encontram-se centenas de pessoas para uma vigília contra a austeridade. A iniciativa é dos subscritores e subscritoras do manifesto "Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas!" e para a qual a Plataforma 15 de Outubro apela à participação. A reunião do Conselho de Estado, em que participa como convidado o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, começou com os 19 conselheiros presentes cerca das 17h15 horas no Palácio de Belém.

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Cerca das 17:20 eram muitos os cidadãos que ainda se dirigiam para a vigília, que, apesar do aparato policial envolvente, decorria tranquilamente.

A chamar a atenção dos cidadãos e da comunicação social está um grupo de cinco fuzileiros que participam no protesto fardados.

Cerca de 50 polícias estão espalhados ao longo de várias centenas de metros junto às grades que foram colocadas pela PSP entre a praça Afonso de Albuquerque, em frente ao palácio presidencial, e a rua de Belém, via que está cortada ao trânsito, exceto para transportes públicos e de turismo.

Junto ao Palácio de Belém estão mais polícias com equipamento antimotim, existindo ainda numa das ruas laterais do palácio elementos do Grupo Operacional Cinotécnico da PSP.

Protestos convocados através do Facebook

Mais de 10.500 pessoas confirmaram até às 17:00, no Facebook, que aderem ao protesto em Lisboa, enquanto no Porto a iniciativa decorre em frente à câmara e deverá contar com mais de 1.900 aderentes.

Os protestos convocados na rede social têm ainda aderentes nas capitais de distrito Aveiro (312), Braga (751), Bragança (69), Coimbra (417), Faro (272), Guarda (33), Leiria (41) e Viseu (251). Também há aderentes ao protesto em Pombal, Santa Maria da feira, Moncorvo e Torres Novas.

Nos Açores, há concentrações previstas em Angra do Heroísmo e Ponta Delgada e, na Madeira, no Funchal. Em Angra, havia 31 confirmados até às 17:00, que pretendem concentrar-se no Alto das Covas para ir depois até à residência oficial do representante da República.

Nos EUA e no Canadá há 73 pessoas que aderiram ao protesto, que deverá também ter representantes em Londres.

Ainda de manhã, Cavaco Silva deverá ser recebido em Évora por uma manifestação contra a atual "política que destrói o país", convocada para as 10:00 pela União dos Sindicatos do Distrito de Évora (USDE), afeta à central sindical CGTP, para as 10:00, junto às instalações da Embraer.

O coordenador da USDE, Valter Lóios, realçou que os trabalhadores querem aproveitar a presença de Cavaco Silva e de outros responsáveis políticos para exigir "uma política alternativa que ponha fim ao roubo que estão a fazer aos trabalhadores, nomeadamente nos salários e nos direitos".

O Presidente da República reúne na sexta-feira o Conselho de Estado, numa altura em que sobe a pressão para que o Governo recue nas alterações à Taxa Social Única e aumentam os sinais públicos de crise na coligação governativa.

A reunião do órgão político de consulta do Presidente da República foi anunciada na passada sexta-feira como tendo o tema 'Resposta europeia à crise da Zona Euro e a situação portuguesa', uma semana depois de o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, ter apresentado novas medidas de austeridade para 2013.

A contestação às medidas foi expressa nas ruas em manifestações que reuniram no sábado passado centenas de milhar de pessoas em várias cidades do país, sob o lema 'Que se lixe a `troika, queremos as nossas vidas', também convocada por Facebook.

Há oito anos, a 27 de junho de 2004, uma outra manifestação, esta contra a possibilidade de Santana Lopes vir a assumir o lugar de primeiro-ministro na sequência da demissão de Durão Barroso, juntou em frente ao Palácio de Belém cerca de 3.000 pessoas.

A manifestação foi convocada informalmente através de milhares de mensagens SMS, numa das primeiras iniciativas do género em Portugal e ainda antes do sucesso das redes sociais. A ideia surtiu efeito e pessoas de todas as idades aderiram à manifestação contra a ascensão ao cargo de primeiro-ministro do vice-presidente do PSD, na sequência da nomeação de Durão Barroso para a presidência da Comissão Europeia e pela realização de eleições antecipadas.

O protesto acabou por não conseguir de imediato os seus objetivos, uma vez que o então Presidente da República, Jorge Sampaio, indigitou Pedro Santana Lopes como primeiro-ministro a 12 de julho. No entanto, poucos meses mais tarde, Sampaio acabaria por utilizar a "bomba atómica" de dissolução da Assembleia da República no final de novembro, o que conduziu à demissão do Governo e à realização de eleições antecipadas, que deram ao PS liderado por José Sócrates a sua primeira maioria absoluta.
 
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