• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Certificados de aforro perdem mais 207 milhões de euros em Agosto

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
38,984
Gostos Recebidos
343
ng1287338_435x200.jpg


As famílias voltaram a retirar dinheiro que tinham aplicado em certificados de aforro em Agosto, saindo mais 207 milhões de euros quando entraram apenas 19 milhões de euros, de acordo com os dados hoje publicados pelo IGCP.
De acordo com o IGCP - agora chamado Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública desde que foi transformado em Entidade Pública Empresarial (EPE) -, o dinheiro total que ainda estava aplicado pelos privados em certificados de aforro no final de Agosto situou-se nos 9.752 milhões de euros, contra 9.941 milhões de euros registados no final de Julho.
O saldo líquido acabou por cair, assim, 182 milhões de euros de Julho para Agosto, valor que sobe para 1.632 milhões de euros quando o ponto de comparação é o início deste ano.
Os certificados do tesouro, instrumento que foi criado para conter a sangria que se tem vindo a verificar nos certificados de aforro, viram o saldo líquido aumentar 32 milhões de euros no último mês em que era possível subscrever este instrumento.
O Instituto que gere a dívida pública portuguesa decidiu no final de Agosto suspender as subscrições de Certificados do Tesouro a partir de 1 de Setembro, inclusive, apenas dois anos após serem criados, citando um número do decreto-lei que os criou onde o IGCP tem poderes para «suspender ou estabelecer limites às subscrições caso as taxas de juro de referência não sejam consideradas suficientemente representativas, atendendo aos níveis de liquidez verificados no mercado, ou a outros factores de perturbação dos mercados considerados relevantes».
Este instrumento foi criado pelo então ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, com o intuito de conter uma sangria de longo prazo que continua a verificar-se nos certificados de aforro, e assim atrair novamente os particulares para a dívida pública nacional.
No entanto, como a rendibilidade destes instrumentos estava ligada aos juros das Obrigações do Tesouro a 10 anos no mercado secundário, o IGCP já havia decidido suspender a actualização mensal dos juros que pagava aos subscritores, alegando disfunções e falta de liquidez no mercado secundário de dívida pública.
Desde o início do ano os particulares aplicaram apenas mais 122 milhões de euros em certificados do tesouro, fixando-se o saldo líquido no último mês de subscrição nos 1.430 milhões de euros.
As mudanças operadas pelo IGCP, com autorização do Ministério das Finanças, - entre elas uma melhoria na remuneração dos certificados de aforro - só estão em vigor desde o início deste mês e, como tal, a produzirem resultados, só serão divulgados no próximo boletim mensal.

Fonte: Lusa/SOL
 
Topo