Vila Nova de Gaia: João Pinto atingiu Fátima Almeida na cabeça

Alegando "surtos psicóticos por parar a medicação", a advogada de João Pinto, acusado de matar a mulher com um martelo, pediu que fossem ouvidos no Tribunal de Gaia os médicos que avaliaram o homem, de 53 anos, antes do crime. Assim, o julgamento que deveria ter começado ontem foi adiado.



O caso remonta a 12 de Março deste ano. João desconfiava que a mulher, Fátima Almeida, de 47 anos, o estava a trair. Com um martelo, que pediu emprestado ao irmão no dia anterior, o homem atingiu a companheira na cabeça por diversas vezes, dentro da casa onde viviam, em Avintes, Gaia. Durante uma semana, Fátima lutou pela vida no hospital, mas acabou por morrer.

Preso preventivamente, João Pinto iria começar a ser julgado ontem, mas a advogada alegou que aquele não estava consciente quando matou a mulher – e que, quatro meses antes do homicídio, já estaria a receber tratamento médico. A justificação dada pela causídica – que chegou a falar em inimputabilidade – assenta na paragem de medicação, que supostamente lhe provocou uma psicose grave.

Assim, os especialistas vão ser chamados a depor perante os juízes em 16 de Outubro, e serão juntos ao processo os relatórios clínicos.