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CGTP: Manifestação de sábado será 'uma das maiores de sempre'

florindo

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Out 11, 2006
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O secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, garantiu hoje que a manifestação de sábado, em Lisboa, contra as novas medidas de austeridade anunciadas pelo Governo, será «uma das maiores iniciativas de sempre» em Portugal.
«Todas as informações de que dispomos é de um nível de mobilização incomparavelmente superior à grande manifestação que fizemos no Terreiro do Paço», disse Arménio Carlos à Lusa.
O dirigente sindical garantiu que será «uma das maiores iniciativas de sempre de massas promovida pela CGTP em Portugal».
«Vamos ter uma grande manifestação, uma presença maciça de trabalhadores e trabalhadoras, desempregados, jovens, pensionistas e reformados. Isso é, neste momento, um dado adquirido», acrescentou.
Arménio Carlos falava em Braga, à entrada para um plenário dos trabalhadores da Bosch Car Multimedia Portugal, onde foi deixar um apelo à participação na manifestação de sábado, no Terreiro do Paço.
Reafirmou que «é preciso mudar o Governo e mudar a política», acrescentando que «enquanto tivermos memorando e uma política de direita, os problemas dos trabalhadores vão continuar».
«Este Governo está completamente descredibilizado, pura e simplesmente anda a reboque dos acontecimentos. E, pior do que isso, anda a reboque não para fazer melhor, mas pior», criticou.
Sobre o recuo na taxa social única, o líder da CGTP disse que o Governo «deu um passo atrás, mas agora está-se a preparar para dar dois passos em frente».
Referiu-se concretamente à alteração dos escalões de IRS, com a qual «trabalhadores e população em geral ficariam ainda mais pobres e fragilizados».
Arménio Carlos lembrou que a CGTP já apresentou, no seio da Concertação Social, propostas alternativas para aumentar a receita fiscal em seis mil milhões de euros, relativas a um aumento da tributação do capital.
A primeira proposta é a criação de uma taxa sobre as transacções financeiras de 0,25 por cento «independentemente do local onde são efectuadas», permitindo uma receita adicional de 2.038 milhões de euros.
A segunda medida tem a ver com o IRC, em que a central sindical propõe a criação de mais um escalão de 33,33 por cento para empresas com volume de negócios superior a 12,5 milhões de euros, com um encaixe previsto de 1.099 milhões de euros.
Uma terceira proposta está relacionada com uma sobretaxa sobre os dividendos distribuídos aos accionistas de empresas de 10 por cento, com uma receita adicional, segundo a CGTP, de 1.665 milhões de euros.
Por fim, a fixação de metas anuais para a redução da fraude e evasão fiscal com um encaixe adicional de 1.162 milhões de euros.
«Se [estas medidas] forem consideradas, há condições para obter receitas suplementares na ordem dos seis mil milhões de euros. Acabavam-se os sacrifícios, reduzia-se significativamente o défice, havia condições para melhorar salários e pensões, havia mais equidade», rematou.

Fonte: Lusa/SOL
 
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