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Médica em rede de cartas falsas

billshcot

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Nov 10, 2010
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É o maior processo de corrupção que chega ao banco dos réus. São 25 arguidos, acusados de mais de 700 crimes, que faziam parte de uma rede instalada no Instituto de Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT). Entre os sete funcionários que vão ser julgados está Amélia Vieira, a cabecilha da rede, que tinha transitado da extinta Direcção-Geral de Viação (DGV). No rol de arguidos há ainda uma médica de Lisboa, acusada de passar 13 atestados médicos falsos, a troco de dinheiro.



O grupo actuou impunemente entre 2008 e 2011. Maria Amélia Vieira e Rute Azevedo, ambas quadros do IMTT, respondem pelo maior número de acusações: 424 crimes de corrupção passiva e falsificação de documentos.

O grupo passava falsas guias, nos casos em que os condutores eram inibidos de conduzir temporariamente; arranjava cartas de pesados para quem só tinha de ligeiros e conseguia falsificar documentos para atribuir cartas de condução a condutores que nunca tinham frequentado qualquer escola.

Os preços para a fraude eram variados. Havia quem pagasse 30 euros para renovar a carta sem ir ao médico e quem desembolsasse mais de 700 para conseguir uma licença de condução completamente adulterada.

Os lucros com esta actividade estão longe de estar estimados. Mas a Polícia Judiciária, que investigou o caso em colaboração com a secção do DIAP de Lisboa liderada pela procuradora Teresa Almeida, encontrou mais de 80 mil euros não justificados só nas contas bancárias de Maria Amélia Vieira. Em três anos, a funcionária do IMTT duplicou os seus rendimentos, com as comissões recebidas com o esquema criminoso.

O processo, que já tem despacho de pronúncia, segue agora para julgamento. Maria Amélia Vieira, Rute Azevedo e Domingos Santos (intermediário) estão em prisão domiciliária.

QUEIXA-SE DE BURLA POR PAGAR PARA TER CARTA

Agostinho Jorge apresentou queixa contra Álvaro Jesus, um dos arguidos, por lhe ter pago 2500 euros para que aquele obtivesse uma carta de condução e a mesma não lhe ter sido entregue. Agostinho Jorge não sabia ler, nem escrever - um dos requisitos para a emissão da licença -, mas, mesmo assim, tentou obter a carta e depois apresentou queixa por burla, que acabou arquivada. Agostinho e Álvaro foram constituídos arguidos. O primeiro por corrupção activa e o segundo por passiva.

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