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Um em cada quatro portugueses admite já ter sofrido uma depressão

florindo

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Um em cada quatro portugueses admite já ter sofrido de depressão e a quase totalidade considera que a crise aumentou o número de casos desta doença, revela um estudo da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria, hoje divulgado.
A propósito do dia Europeu da Depressão, que se assinala na próxima segunda-feira, a Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental (SPPSM) revela que 24% dos portugueses admitem já ter sofrido de depressão - destes, 83% fizeram tratamento – e que 65% conhecem uma pessoa próxima que sofreu da doença.
Mais de metade (59%) dos portugueses inquiridos reconhece que a depressão é uma doença, o que para os especialistas é um sinal de que o estigma em torno deste problema tem diminuído, que requer tratamento clínico e medicamentoso.
No entanto, ainda existem muitas reservas em relação aos anti-depressivos, uma vez que a população considera que não são medicamentos «inocentes».
Na opinião dos portugueses, a melhor opção para tratamento da depressão é o acompanhamento psicológico/psicoterapia (35%) e os medicamentos anti-depressivos (34%), estes últimos conhecidos por 91% da população, mas ainda vistos de uma forma muito negativa.
«Quando inquiridos sobre as características dos anti-depressivos, os portugueses concordam que são medicamentos que alteram a pessoa, provocam dependência e dão sono», embora reconheçam que são o tratamento mais eficaz.
Estes mesmos inquiridos revelaram que se tivessem de tomar medicamentos anti-depressivos, prefeririam os que não interferissem na capacidade de trabalho (83%), os mais eficazes (69%), os que não alterassem a função sexual (41%) e que não engordassem (37%).
Ainda no capítulo do tratamento, cerca de 10% portugueses destacam a importância do apoio familiar, o convívio, hábitos de vida saudáveis e a prática de exercício físico.
Relativamente às causas da depressão, 96% dos portugueses acreditam que a crise fez aumentar os casos da doença em Portugal, sendo os problemas familiares e financeiros apontados como as principais causas.
A perda de um familiar é considerado o principal motivo (55%), seguido das dificuldades económicas e do desemprego (21% e 18%). Ainda assim, 32% dos portugueses consideram que esta doença pode surgir sem causa.
Os sintomas são amplamente reconhecidos pela população, que caracteriza os deprimidos como pessoas sem vontade para fazer nada (53%), tristes (45%), que choram muito (18%) e remetidas ao isolamento (15%).
Relativamente ao comportamento que teriam os inquiridos se tivessem uma depressão, 77% admitiram que assumiriam a doença a familiares e amigos e apenas 15% afirmaram que a esconderiam.
Para procurar apoio, 56% recorreria ao médico de família, 36% ao psicólogo e 30% ao psiquiatra, sendo que a família e os amigos aparecem depois dos especialistas, com 28% das escolhas.
O estudo “O que pensam os portugueses sobre a depressão?”, apresentado hoje na Sociedade Portuguesa de Psiquiatria, foi realizado com recurso a 1.001 entrevistas telefónicas a pessoas com mais de 18 anos residentes em Portugal Continental.

Fonte: Lusa/SOL
 
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