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Pessoas em sofrimento psicológico devem procurar médico de família antes de psiquiatras

Matapitosboss

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Set 24, 2006
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O psiquiatra Júlio Machado Vaz defendeu hoje que as pessoas que estão em sofrimento psicológico devem procurar, em primeiro lugar, o seu médico de família.

Em entrevista à Lusa no âmbito do Dia Mundial da Saúde Mental, que se assinala quarta-feira, dia 10, o psiquiatra disse que quando uma pessoa começa a sentir «demasiada ansiedade», «demasiada apatia» ou uma «tristeza continuada» deve procurar o seu médico de família.

«O nosso médico de família, a equipa da nossa unidade de saúde familiar, ou do nosso centro de saúde (…) estão grande parte das vezes preparados e têm uma outra vantagem enorme que é: têm um conhecimento daquela pessoa ao longo do tempo», disse o psiquiatra.

Segundo Júlio Machado Vaz, as pessoas em sofrimento mental, antes de tudo o mais, querem ser ouvidas, querem poder falar, poder explicar o que se passa e por isso, alerta que é um «erro» entrar «logo de cabeça» pelo psiquiatra e pelo psicólogo.

O psiquiatra português defendeu também um «reforço» nos cuidados primários no Sistema Nacional de Saúde, para «evitar o estrangulamento do sistema».

Júlio Machado Vaz alerta que a crise económica e financeira que está instalada está a fazer com que cada vez mais pessoas estejam psicologicamente a «rebentar pelas costuras».

«A saúde mental é a capacidade de nos adaptarmos aos estímulos exteriores com o mínimo sofrimento e mantendo-nos a funcionar de uma forma adequada», explica o médico psiquiatra.

Um estudo sobre saúde mental em Portugal, que vai ser apresentando no Porto, durante o III Congresso da Sociedade de Enfermagem de Saúde Mental (SPESM), indica que um dos problemas de saúde mental que mais atinge a população portuguesa é a ansiedade (20%).

As dificuldades em controlar os impulsos (10% da população geral portuguesa) e perturbações depressivas (perto de 10%, com estas a agravarem-se com a crise e as condições de vida actual) são outros dos problemas mentais em Portugal.

O estudo indica também que Portugal se encontra “no topo da lista dos países da Europa com maior prevalência de doenças psiquiátricas, valores que ao longo da vida ultrapassam os 40%”, adiantou à Lusa Carlos Sequeira, presidente da SPESM.


Fonte: Diário Digital
 
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