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Salim Cissé: os pais não sabiam que jogava à bola

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Mar 2, 2007
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Salim Cissé é o segundo mais novo de cinco irmãos. Quando saiu de casa, na Guiné-Conacri, deixou os pais com o coração nas mãos. «A minha mãe não sabia que jogava à bola, nem o meu pai. Pensavam que estava metido em sarilhos na Europa, como muito jovens africanos. Tinham medo que andasse metido nas drogas», explica, de forma desassombrada.

«Então, disse-lhes que era jogador de futebol. Está bem, mas não te metas nas drogas, insistiram. Disse-lhes que podiam ficar descansados, se o tivesse de fazer já o teria feito logo quando cheguei e passei por dificuldades», acrescenta, lamentando que não o possam ver jogar na televisão: «Em África é complicado. Só os ricos têm acesso a televisão por satélite.» Ficam-se por telefone, mas as maiores conversas são mesmo com os amigos que deixou em Itália. «Estão muito orgulhosos e desejam-me que continue a trabalhar.»

As saudades são muitas. «O importante é poder ajudar família e amigos. Viver na Europa não é fácil como em África, onde as pessoas só precisam de uma pequena ajuda. A Guiné-Conacri, por exemplo, é um grande país, com muitos recursos, mas há demasiados problemas. As pessoas não deveriam ter de sair, mas as crises políticas estragam tudo.»

Se tudo continuar como até agora, Cissé vai poder visitar o seu país com mais frequência. Foi observado pelo selecionador da Guiné-Conacri, durante o jogo com o Benfica, e deverá ser convocado para as próximas eliminatórias do CAN. O resto, acontecerá naturalmente.

«Sou crente e acredito sempre em Deus mesmo quando tudo está mal. Acredito também em mim. É preciso ter fé, mesmo quando tudo está mal. Os marfinenses dizem ça va aller [tudo vai ficar bem], mas é preciso acreditar e trabalhar.»

"MF"
 
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