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Sindicato dos Jornalistas acusa Sonae de sacrificar trabalhadores para não diminuir lucros

florindo

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O Sindicato dos Jornalistas (SJ) acusou hoje o grupo Sonae e a empresa detentora do Público, a Sonaecom, de sacrificarem quase 50 pessoas para não diminuírem os seus lucros e disse estar a acompanhar um processo «inaceitável».
A Sonaecom anunciou hoje, em comunicado, o «previsível» despedimento de 48 trabalhadores do jornal Público, como parte de uma «redução da estrutura de custos em cerca de 3,5 milhões de euros por ano, com a diminuição de custos de funcionamento».
O SJ lembrou que, apesar da quebra de vendas do jornal, «a verdade é que o Público é apenas uma das actividades da holding Sonaecom, do rico universo Sonae, a qual tem um desempenho francamente positivo», concretizado nos lucros de 62,5 milhões da Sonaecom no ano passado.
«Estes dados comprovam que o que está em causa não é a sobrevivência de uma pequena empresa. O que se passa é que a Sonaecom e a Sonae não querem diminuir os seus lucros e não hesitam em sacrificar quase meia centena de trabalhadores, lançando mão de um despedimento colectivo no quadro de uma gravíssima crise económica e social», escreveu o SJ, em comunicado.
Por estes motivos, o sindicato salientou estar a acompanhar o processo, «prestando todo o apoio aos seus associados na resistência a um processo inaceitável e iníquo», acrescentando que «vai contribuir activamente para a discussão dos fundamentos do despedimento colectivo».
De acordo com um comunicado divulgado no portal da publicação, a administração da empresa anuncia ainda um «plano para fortalecer a aposta estratégica no digital, continuando a preservar os valores de qualidade e rigor da marca Público».
Num comunicado enviado a todos os trabalhadores do jornal, a que a agência Lusa teve acesso, a administração do Público indica que entregou à Comissão de Trabalhadores «comunicação escrita da intenção de proceder ao despedimento colectivo que se estima abranger 48 trabalhadores».
Segundo o comunicado publicado no 'site', «a imprensa escrita está desde há alguns anos a atravessar uma mudança estrutural profunda, à escala mundial, que se tem traduzido numa forte tendência de queda de receitas em resultado do efeito de substituição do papel pelo online».

Fonte: Lusa/SOL

 
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