Respondendo à primeira pergunta, pode-se uitlizar uma lista de canais antiga que esteja na pen, mesmo depois de instalar um novo firmware e fazer reset de fábrica. O fabricante diz sempre que não aconselha esse procedimento, mas tenho feito e nunca deu problema. Convem portanto ter sempre um backup da lista de canais e em caso de necessidade usar a opção userdb do ariva para reinstalar essa lista.
Quanto à segunda pergunta a resposta tem que ser um pouco técnica mas anexo envio um jpg para ilustrar a explicação.
Os programas ("canais") transmitidos num transponder do satélite, são digitalizados em MPEG-2 (SD) ou MPEG-4 (HD).
Este processo junta todos os progamas transmitidos pelo transponder num só Transporte Stream (TS) sequencial. Assim, um TS é constituido por "pacotes" de video, audio e data (legendagem, guia, etc) de todos os programas do transponder, com a particularidade que todos esses pacotes são transmitidos em sequência e de uma forma aleatória, por exemplo:
pacote video RTP1 -> pacote audio TVI -> pacote audio SIC -> pacote video SIC -> novo pacote video RTP1, etc
Como pode o receptor compreender esta confusão e reconstituir o sinal video, audio e data do programa que pretendemos ver?
Pois a primeira coisa que o receptor faz quando damos ordem para sintonizar os programas de um dado transponder, é ler a PAT. Esta tabela diz quais são os programas que estão no transponder e qual a sua identificação dos respectivos pacotes (PID). A paritr daqui é possivel saber qual a PMT (tabela de gestão do programa) de cada um dos programas e a localização dos seus pacotes de video (VPID) e audio APID.
Existem outras tabelas, nomeadamente a CAT (que informa se o programa é ou não codificado) e a NIT (que permite sintonizar todos os programas de um operador mesmo que estejam espalhadospor diferentes transponders.
Para que tudo isto possa funcionar sincronizadamente é necessario o PCR (program clock reference) que dá os tempos certos de descodificação MPEG e os sincronismos entre audio e video.
Para facilitar toda a operação, cada programa tem um SID (Identificação do serviço= identificação do canal) que tem a mesma referência que o PCR.
Assim, quando consultamos uma tabela de canais satélite por exemplo no Lyngsat (anexo2) ou no Kingofsat aí vemos a informação que vai estar também no editor de canais do ARIVA
SID=PCR, VPID, APID (podem ser vários se o prog tiver audios diferentes), etc.
Espero que a explicação ajude