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RoterTeufel
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Europa: Presidente francês defende mudança de políticas
“Não pode haver só austeridade”
Em entrevista a jornais de vários países europeus, o presidente francês, François Hollande, defendeu que é tempo de "oferecer a portugueses e espanhóis mais do que austeridade".
Falando em vésperas do Conselho Europeu de hoje e amanhã, Hollande defendeu ainda que os países que "estão em superavit devem relançar a procura interna mediante o aumento dos ordenados e uma baixa de impostos, pois essa é a melhor forma de exprimirem a sua solidariedade".
Sobre o papel da França na alteração das políticas europeias, considerou que o seu país "é o nexo de união entre a Europa do Norte e a do Sul", cabendo-lhe por isso a "responsabilidade de conseguir o compromisso entre desendividamento e crescimento". Por isso, reiterou, "é preciso dizer sem descanso aos nossos parceiros que a austeridade não é uma fatalidade", pois não é correcto impor "prisão perpétua" a países que já sacrificaram muito.
Em tom crítico, Hollande referiu que as dívidas não podem ser combatidas "quando no mesmo espaço monetário há países a financiarem-se a 1% a dez anos e outros a 7%".
Depois, numa nota de optimismo, considerou que a Grécia não sairá do euro e que o fim da crise está próximo. Mas é preciso acelerar "a mutualização parcial das dívidas com eurobonds". E lembrou que "a solidariedade é paga por todos, não é só pelos alemães".
PORTUGAL PODE SEGUIR GRÉCIA
A saída da Grécia da Zona Euro poderia arrastar Portugal, Espanha e Itália, com consequências desastrosas para a economia mundial, concluiu o Instituto Prognos AG, num estudo divulgado pela fundação alemã Bertelsmann.
Só a saída de Grécia e Portugal acarretaria perdas de 225 mil milhões de euros para a Alemanha até 2020 e o não pagamento de dívidas de 99 mil milhões de euros, com perdas no crescimento global de 2.4 mil milhões de euros. Refira-se que na Grécia, a braços com uma austeridade que pôs milhares no desemprego, tiveram início ontem dois dias de greve geral. Paralelamente, gregos, portugueses, espanhóis, malteses e cipriotas vão coordenar greves gerais no próximo dia 14 de Novembro.
C. da Manha
“Não pode haver só austeridade”
Em entrevista a jornais de vários países europeus, o presidente francês, François Hollande, defendeu que é tempo de "oferecer a portugueses e espanhóis mais do que austeridade".
Falando em vésperas do Conselho Europeu de hoje e amanhã, Hollande defendeu ainda que os países que "estão em superavit devem relançar a procura interna mediante o aumento dos ordenados e uma baixa de impostos, pois essa é a melhor forma de exprimirem a sua solidariedade".
Sobre o papel da França na alteração das políticas europeias, considerou que o seu país "é o nexo de união entre a Europa do Norte e a do Sul", cabendo-lhe por isso a "responsabilidade de conseguir o compromisso entre desendividamento e crescimento". Por isso, reiterou, "é preciso dizer sem descanso aos nossos parceiros que a austeridade não é uma fatalidade", pois não é correcto impor "prisão perpétua" a países que já sacrificaram muito.
Em tom crítico, Hollande referiu que as dívidas não podem ser combatidas "quando no mesmo espaço monetário há países a financiarem-se a 1% a dez anos e outros a 7%".
Depois, numa nota de optimismo, considerou que a Grécia não sairá do euro e que o fim da crise está próximo. Mas é preciso acelerar "a mutualização parcial das dívidas com eurobonds". E lembrou que "a solidariedade é paga por todos, não é só pelos alemães".
PORTUGAL PODE SEGUIR GRÉCIA
A saída da Grécia da Zona Euro poderia arrastar Portugal, Espanha e Itália, com consequências desastrosas para a economia mundial, concluiu o Instituto Prognos AG, num estudo divulgado pela fundação alemã Bertelsmann.
Só a saída de Grécia e Portugal acarretaria perdas de 225 mil milhões de euros para a Alemanha até 2020 e o não pagamento de dívidas de 99 mil milhões de euros, com perdas no crescimento global de 2.4 mil milhões de euros. Refira-se que na Grécia, a braços com uma austeridade que pôs milhares no desemprego, tiveram início ontem dois dias de greve geral. Paralelamente, gregos, portugueses, espanhóis, malteses e cipriotas vão coordenar greves gerais no próximo dia 14 de Novembro.
C. da Manha