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A Inspecção-geral das Actividades em Saúde abriu um processo para apurar responsabilidades no caso da morte de uma mulher na sequência de um tratamento por radiações no Hospital de Braga, disse à Lusa fonte do Ministério da Saúde.
Segundo a fonte, o processo, além de esclarecer «cabalmente» o que se passou e apurar responsabilidades, visa ainda a definição de eventuais medidas para evitar que, no futuro, venha a ocorrer um caso do género.
«É, obviamente, uma situação que não se pode repetir», disse a mesma fonte.
De acordo com o que se vier a apurar, poderá ser instaurado um processo de natureza disciplinar ou então ser feita uma participação ao Ministério Público.
Uma mulher de 61 anos morreu depois de alegadamente ter sido submetida a um excesso de radiações no Hospital de Braga, onde há sete anos fazia fototerapia, para tratar um problema de pele.
Na semana passada, após mais uma sessão de tratamento, a doente começou a queixar-se que se sentia muito quente, apresentando o corpo coberto de bolhas.
Regressou ao Hospital de Braga e foi imediatamente transferida para a Unidade de Queimados do Hospital de S. João, no Porto, aonde acabaria por morrer.
O Hospital de Braga ordenou a abertura de um processo de averiguações internas, mas garante desde já que, ao contrário do que referem algumas notícias, a doente não ficou esquecida durante o tratamento.
«Não houve, em nenhum momento, esquecimento de doente em qualquer tipo de equipamento do hospital», referiu o director clínico do hospital, Fernando Pardal.
Segundo fonte da família, e de acordo com explicações que teriam sido dadas pelo próprio hospital, em causa poderá ter estado um erro na programação da máquina da fototerapia, que terá submetido a doente a radiações durante 20 minutos, quando o tempo correcto seria apenas de cinco.
Uma hipótese que, para já, e enquanto dura o processo de averiguações, o Hospital de Braga se escusa a confirmar.
A família vai avançar com um processo-crime, por alegada negligência médica.
Fonte: Lusa/SOL