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Militares invadem sede do PAIGC e levam líder de outro partido

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RoterTeufel

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Guiné-Bissau: Iancuba Indjai "foi violentamente agredido"
Militares invadem sede do PAIGC e levam líder de outro partido


Um grupo de militares invadiu esta segunda-feira por duas vezes a sede do PAIGC, principal partido da Guiné-Bissau, tendo levado à força Iancuba Indjai, líder do Partido da Solidariedade e Trabalho (PST), disse à agência Lusa fonte partidária.

De acordo com a fonte do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde), partido que estava no poder até ao golpe de Estado de 12 de Abril, os militares, alguns à paisana e outros fardados, entraram na sede do partido dizendo que estavam à procura de pessoas.

"Estávamos e ainda estamos em reunião aqui na sede, mas de repente fomos surpreendidos por militares armados com armas automáticas e pistolas, dizendo que andavam a procurar pessoas que estariam escondidas aqui na sede", referiu a fonte, que pediu para não ser identificada.

Os dirigentes do PAIGC, que continuam reunidos na sede para preparar um comunicado sobre os últimos acontecimentos no país, afirmaram que evitam falar abertamente aos jornalistas com medo de represálias dos militares.

"É a segunda vez que vieram cá hoje. Não sabemos o que pode acontecer", disse ainda a fonte, que confirmou que da segunda vez os soldados levaram o líder do PST, Iancuba Indjai, quando este se preparava para entrar na sede do PAIGC.

A fonte confirmou também que Iancuba Indjai "foi violentamente agredido" pelos soldados que o levaram "na bagageira do carro" para parte incerta.

O porta-voz e vice-presidente do Movimento Nacional da Sociedade Civil (plataforma que reagrupa mais de 100 organizações da sociedade civil), Mamadu Queitá, que se deslocou à sede do PAIGC, pediu calma aos dirigentes deste partido, prometendo que a sua organização vai contactar as chefias militares para saber o que se passou com Iancuba Indjai.

Este político é um dos líderes da Frenagolpe (plataforma criada por partidos e organizações da sociedade civil) que condenam o golpe de Estado de 12 de Abril.

Questionado pela agência Lusa sobre o que se estava a passar na sede do PAIGC, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo de transição, Faustino Imbali, alegou que não tinha informações concretas.


C. da Manha
 
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