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Tuberculose está a assustar Pombal

billshcot

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Nov 10, 2010
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Um homem de 41 anos, imigrante ucraniano a residir em Louriçal, Pombal, tem uma tuberculose multirresistente, detectada há quatro meses, mas recusa ser tratado. O doente continua a fazer a sua vida normal e o Tribunal de Pombal ainda não encontrou uma solução para o seu internamento compulsivo.


José Ruivo, delegado de Saúde, está preocupado com um caso de tuberculose, sem tratamento, em Foitos

José Ruivo, delegado de Saúde de Pombal, mostra-se "apreensivo" com a situação, temendo que mais pessoas, com quem o imigrante tem contactado, tenham sido contagiadas. Na aldeia, alguns moradores souberam do caso na semana passada e afirmam-se "apavorados".

Foi em Maio último que a doença foi detectada na aldeia de Foitos, em Louriçal, num homem que foi de imediato internado num hospital de Coimbra para tratamento. Na ocasião, as pessoas que com ele se relacionavam foram alvo de rastreio. Em Julho, soube-se que também o imigrante ucraniano tinha uma tuberculose multirresistente, mas este não se submeteu a tratamento.

"Foi aconselhado a ser internado de imediato, mas não aceitou", lembra José Ruivo, acrescentando: "Apesar de doente, não é possível obrigar uma pessoa a tratar-se." No entanto, atendendo ao risco de contágio, o caso foi encaminhado para o Ministério Público de Pombal.

A primeira solução equacionada para internar compulsivamente o imigrante foi o Centro Hospitalar de Coimbra, mas a instituição recusou. "Porque não têm forma de assegurar que o doente não foge de lá", explicou o médico. Já na semana passada, o tribunal ordenou o internamento do homem no Hospital S. João de Deus, na prisão de Caxias. GNR e bombeiros foram buscar o doente a casa, mas chegados ao hospital voltaram para trás porque teria de estar a cumprir pena de prisão para ali ficar. Aguarda-se, agora, nova decisão do tribunal. Entretanto, o homem anda, sem tratamento, pela aldeia.

"SITUAÇÃO MAIS PREOCUPANTE COM O TEMPO A PASSAR"

O delegado de Saúde não tem forma de resolver estes casos porque não pode, por exemplo, determinar o internamento compulsivo do doente, explicou José Ruivo, adiantando que a solução é "esperar pela decisão judicial". "Quanto mais o tempo passa, mais preocupante se torna a situação", frisa o médico, explicando que terão de ser rastreadas todas as pessoas com quem o doente contactou nestes meses. E os exames terão que ser repetidos dentro de seis meses.

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