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Aves de Portugal - Andorinha-das-barreiras

billshcot

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Andorinha-das-barreiras - Riparia riparia


A mais pequena das cinco andorinhas portuguesas tem a curiosa particularidade de escavar os seus ninhos em vez de os construir. Vale a pena observar de uma colónia de andorinhas-das-barreiras em plena actividade

Identificação
A andorinha-das-barreiras caracteriza-se pela sua plumagem castanha e branca, pela curta cauda quase quadrada e pela banda castanha no peito. Contudo, são as suas colónias, directamente escavadas nos taludes, que mais diferenciam esta andorinha dos outros membros da sua família.

Abundância e calendário
Sendo uma espécie estival, a andorinha-das-barreiras pode ser observada durante a Primavera e o Verão, sobretudo entre Março e
Setembro (por vezes a partir de finais de Fevereiro).Esta espécie tem uma distribuição muito fragmentada. Sendo uma espécie colonial, é consideravelmente mais fácil de observar nas imediações das suas colónias. Estas situam-se quase sempre em taludes ou barreiras de terra, geralmente nas várzeas e terras baixas do litoral ou junto a linhas de água. Na metade interior do país, esta andorinha é claramente menos frequente.

Onde observar

A andorinha-das-barreiras ocorre sobretudo, mas não exclusivamente, junto a planos de água onde se alimenta. As suas colónias, construídas em barreiras de terra, estão muitas vezes junto às estradas.

Entre Douro e Minho – bastante comum por toda a região.

Trás-os-Montes – no interior norte, a principal zona de ocorrência é a região de Chaves.

Litoral Centro – no centro do país a andorinha-das-barreiras pode ser observada na lagoa de Óbidos, no paul de Tornada, no Baixo Mondego (entre Coimbra e Figueira da Foz), em Pombal e também na Ria de Aveiro, nomeadamente na zona de Salreu.

Beira interior – pouco comum e com uma distribuição localizada, pode ser observada na serra de Montemuro, na albufeira de Vilar e na zona de Celorico da Beira.

Lisboa e Vale do Tejo – a andorinha-das-barreiras-pode ser vista com facilidade a pouca distância de Lisboa, nomeadamente no estuário do Tejo e no vizinho paul da Barroca. No vale do Sorraia também existem algumas colónias importantes desta andorinha, que é fácil de ver na zona de Coruche. No resto do Ribatejo é comum junto ao Tejo, por exemplo no paul do Boquilobo, no Escaroupim, na zona da Chamusca e na região de Abrantes, e ainda junto ao rio Nabão, particularmente na cidade de Tomar. Também tem sido observada junto à serra de Montejunto.

Alentejo – o estuário do Sado é talvez o melhor local da região para observar esta andorinha, que aqui ocorre em números consideráveis, muitas delas oriundas da vizinha zona da Marateca, onde existem areeiros em exploração que suportam algumas colónias importantes. No interior alentejano, a espécie é menos frequente, mas pode ser vista com facilidade junto à barragem de Montargil e também na região de Elvas, nomeadamente nos terrenos baixos junto ao rio Guadiana.

Algarve – rara durante a época de criação, observa-se principalmente durante a passagem migratória, junto à faixa costeira.
 
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