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Crise e problemas de dinheiro criam dificuldades na família, forte relação parental é decisiva

florindo

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Out 11, 2006
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A crise económica e a precariedade de emprego trazem dificuldades adicionais nas relações entre pais e filhos, com menos tempo disponível e paciência para as crianças, e uma relação parental forte é decisiva para ultrapassar conflitos, defende um especialista.
Renato Paiva, director da Clínica da Educação, disse à agência Lusa que, no actual contexto, surgem nas famílias, «sobretudo atritos profissionais, muitas vezes por falta de emprego ou por as pessoas terem de envolver-se muito para não perder o trabalho, e isso leva a alguma impaciência familiar e a menos tempo dedicado à família».
Algumas oportunidades de trabalho, que «vão surgindo dentro da escassez», envolvem saídas do espaço habitual ou horários mais tardios, o que exige uma dinâmica familiar completamente diferente.
Há casos em que a mãe ou o pai estão longe, alguns emigraram, o que exige a gestão à distância, mais complicada, de um relacionamento familiar, como referiu Renato Paiva.
«A forma de lidar [com a situação] dos filhos depende da maneira como os pais reagem perante as adversidades, que nem sempre são problemas, e as pessoas reagem de forma diferente para conseguir que as resoluções das situações que vão surgindo sejam menos influentes nos miúdos», apontou o especialista.
A reacção das crianças a esta instabilidade «depende muito das compensações e das dinâmicas que se criam na relação», mesmo à distância, defendeu, frisando ser possível lidar de uma «forma saudável».
«Quanto mais forte for a relação parental, muito mais fácil será toda e qualquer resolução de conflitos», realçou Renato Paiva.
Questionado pela agência Lusa, o especialista listou alguns conselhos aos pais para ajudarem os filhos nos estudos.
«Primeiro, [é necessário] não fazer as coisas pelos alunos, vamos incentivar, orientar, mas não fazer por eles, sobretudo para que os miúdos consigam ter ganhos em termos de autonomia, cada vez mais consistentes e mais fortes».
Esta postura deve ser solidificada «desde cedo, desde a entrada no primeiro ciclo».
Por outro lado, muitas vezes o papel dos pais não é apoiar na temática do estudo em si, mas na orientação de como deve ser o trabalho, nas metodologias e organização, aproveitando os tempos mais disponíveis, como no fim-de-semana, para ajudar a preparar os restantes dias.
O estudo deve ser «diversificado, atempado, consciente e sobretudo com uma política mais activa e não tão passiva, de meros receptores de conhecimento», defendeu Renato Paiva. No encontro sobre felicidade familiar, que se realiza sábado, estas serão algumas das questões estarão em debate por vários especialistas em psicologia, família, saúde ou educação, como Luís Miguel Neto, do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, Paulo Sargento, da Universidade Lusófona, Maria Duarte Bello, da Escola Superior de Comunicação Social, Vera Ribeiro, do Hospital St.João, e Jacinta Paiva, da Universidade do Porto.

Fonte: Lusa/SOL

 
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